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No primeiro trimestre de 2023, o agronegócio registrou a participação de 28,1 milhões de pessoas em atividades relacionadas ao campo. Esse número representa um recorde para este período desde 2012, quando o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) começou a acompanhar essas estatísticas. De acordo com a pesquisa inédita divulgada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio respondeu por 27% do total de empregos no primeiro trimestre do ano.
A população ocupada no setor cresce, mas o agronegócio vem perdendo participação no total da força de trabalho do país. Em 2012, o setor representava 29,2% e está em 27% neste ano.
A análise do mercado de trabalho abrangeu os quatro segmentos da cadeia produtiva do setor: insumos para a agropecuária, produção dentro das propriedades, agroindústria e agrosserviços.
O estudo contemplou o perfil da mão de obra, o grau de instrução, a participação feminina e a evolução desses números, além de comparar a mão de obra do agronegócio com a população do país em geral.
O setor de agrosserviços foi o principal responsável pelo aumento da população ocupada no agronegócio, com uma expansão de 6,7% em relação ao último trimestre de 2022 e ao primeiro trimestre do ano anterior, o que representou o aumento de 616 mil pessoas.
Esse crescimento da produção está diretamente ligado ao excelente desempenho da agricultura dentro das propriedades, com expectativas de uma safra recorde de grãos para 2022/2023, além das maiores produções esperadas de café e cana.
“Isso impulsionou a demanda por serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros serviços prestados ao agronegócio, como financeiro, contábil, jurídico e de comunicação”, explicou o boletim.
Outro dado relevante apresentado no estudo refere-se aos trabalhadores com produção destinada apenas para consumo próprio dentro de suas propriedades. Atualmente, esse grupo conta com 5,3 milhões de pessoas, e sua análise tem como objetivo monitorar e monitorar o comportamento dessa parcela da população.
Em relação ao perfil da mão de obra, o estudo destaca um crescimento de 6,1% no número de empregados com carteira assinada no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando um aumento de mais de 532,1 mil pessoas formalizadas. Em relação ao quarto trimestre de 2022, houve uma alta de 2,1% no número de ocupações no período de janeiro a março deste ano, representando um aumento de 192,4 mil pessoas.
No que diz respeito à participação feminina no agronegócio, o boletim aponta que, no primeiro trimestre de 2023, houve um crescimento de 1,3% na população feminina ocupada, o que representa quase 140 mil mulheres a mais empregadas. Em relação ao último trimestre de 2022, o crescimento foi de 0,8%, correspondendo a 88,7 mil mulheres.
Já em relação a salários, nos três primeiros meses deste ano, o setor apresentou um avanço médio de 5,9%, superando a média nacional, que ficou em 5,4%.
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