Depois de um investimento de R$ 13 milhões na expansão do Hospital Veterinário, a Universidade de Vila Velha (UVV) está avançando ainda mais ao construir um laticínio para robustecer a estrutura acadêmica e o curso de Medicina Veterinária. A obra, que já está em andamento nas instalações da Fazenda Experimental, em Guarapari, deve ficar pronta em dois meses e a inauguração prevista para o início do próximo ano. O local tem a finalidade de oferecer aos alunos uma visão mais abrangente da produção de laticínios, bem como práticas de inspeção de produtos de origem animal.
A coordenadora do Hospital Veterinário da UVV, Bárbara Loureiro, destaca que o hospital, que já existe desde 2002, passou por uma expansão significativa há dois anos, com um investimento de R$ 13 milhões.
Antes, a área era de 600 metros quadrados, e após a ampliação, cresceu para mais de 2.000 metros quadrados. O hospital é um espaço onde os quase 1.000 alunos do curso de Medicina Veterinária participam de aulas práticas e estágios desde os primeiros períodos. Além disso, estudantes de mestrado realizam pesquisas e atendem animais no local.
“Com a ampliação do hospital, que agora ocupa mais de 2 mil metros quadrados, temos um centro cirúrgico capaz de acomodar animais de grande porte. Nossa equipe multidisciplinar oferece atendimento especializado a animais de todas as espécies, incluindo gatos e cachorros, répteis e animais silvestres. O hospital se destaca por suas diversas especialidades, como oncologia e dermatologia. Aqui, os animais passam por exames, cirurgias e tratamentos”, explica Bárbara.
A integração do laticínio à Fazenda Experimental da UVV marca um novo passo na abordagem prática da universidade. A fazenda, que ocupa 115 hectares de área, é dividida entre florestas e pastos, proporcionando um ambiente para estudos de veterinária. A estrutura conta com instalações como currais, alojamentos, salas de aula e laboratórios.
“O laboratório da fazenda é um espaço para a formação dos estudantes, pois oferece oportunidades para a realização de diversas biotecnologias, incluindo coleta de sêmen, inseminação artificial, coleta de embriões e acompanhamento gestacional por meio de ultrassonografia”, explicou Loureiro.
Quanto ao laticínio, a proposta inicial é contar com um rebanho de 15 vacas leiteiras, com a possibilidade de expansão para até 30 animais, conforme a demanda se manifestar.
Já a capacidade inicial será de 200 litros de leite por dia, com a previsão de evoluir para cerca de 500 litros diários. O foco principal será a produção de queijos maturados, além de leites fermentados, como iogurtes, e doce de leite.
A estrutura do laticínio contará com equipamentos como pasteurizador, salas de pasteurização, tanques de coagulação, câmara fria, embaladoras e equipamentos para produção de iogurtes.
A expectativa é de que as obras estejam finalizadas em dois meses, com a inauguração prevista para o início do próximo ano.
“O laticínio não apenas vai comercializar produtos, mas também será uma ferramenta de ensino prática, permitindo que os estudantes compreendam os processos reais da produção de laticínios e realizem inspeções no local. Isso contribuirá para uma formação mais completa e conectada com a realidade do mercado”, destacou o professor titular da UVV, Gabriel Rossi.
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