Ago 2023
10
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Exportação brasileira de café cresce 19% em julho

O destaque vai para o salto de 245,4% nas exportações dos cafés canéforas (conilon + robusta) no último mês, totalizando 505.153 sacas. Este número representa o melhor resultado para essa categoria em um único mês desde setembro de 2020.

Esse aumento é atribuído aos diferenciais competitivos dos cafés brasileiros no mercado global, bem como à disponibilidade nacional de oferta. No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, as remessas dessa variedade ao exterior apresentaram um aumento de 33,7%, passando de 944.076 sacas entre janeiro e julho de 2022 para 1,262 milhão de sacas.

O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, enfatizou a oportunidade favorável para os cafés canéforas brasileiros devido às cotações elevadas desse produto, especialmente por parte de países como Vietnã e Indonésia.

“Nos primeiros sete meses deste ano, essas nações aumentaram suas importações dos cafés brasileiros em 382,9% e 52,1%, respectivamente. As perspectivas para agosto também são otimistas, com os cafés canéforas brasileiros esperando consolidar sua posição no mercado”, explicou o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira.

Apesar da recuperação dos cafés canéforas em julho, os números gerais de embarques de café do Brasil permanecem em declínio no acumulado do ano, tanto em termos de volume quanto de receita. Isso reflete a menor disponibilidade do produto devido a duas safras menores em 2021 e 2022, bem como a diminuição dos preços no mercado internacional.

De janeiro a julho de 2023, o Brasil enviou 19,222 milhões de sacas de café, gerando uma receita de US$ 4,177 bilhões. Isso representa uma queda de 14,7% em volume e 20,5% em receita em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos continuam sendo o principal importador de café brasileiro nos primeiros sete meses de 2023, adquirindo 3,433 milhões de sacas. Isso é 26,5% inferior ao mesmo período em 2022. A Alemanha ocupa o segundo lugar, com 2,270 milhões de sacas (-43,5%), seguida pela Itália com 1,492 milhão de sacas (-18,5%), Japão com 1,250 milhão de sacas (+26%), e Bélgica com 1,068 milhão de sacas (-46,5%).

No que diz respeito a continentes e blocos econômicos, merecem destaque as evoluções de 87,7% e 25,3% registradas, respectivamente, para os Países Árabes e a Ásia. As exportações de café brasileiro para a China, por exemplo, aumentaram 102,7% nos primeiros sete meses de 2023, atingindo 408.046 sacas e tornando a China o 13º principal comprador do café brasileiro.

Além dos chineses, os japoneses também contribuíram para esse desempenho positivo, aumentando suas compras de café brasileiro em 26%. De janeiro a julho, os japoneses adquiriram 1,250 milhão de sacas em comparação com as 992 mil sacas importadas no mesmo período de 2022.

Café arábica segue como o mais exportado

O café arábica continua sendo a variedade mais exportada pelo Brasil, representando 81,8% do total com um volume de 15,726 milhões de sacas. O café solúvel segue em segundo lugar, com 2,208 milhões de sacas (11,5%), seguido pelos cafés canéforas com 1,262 milhão de sacas (6,6%) e café torrado/torrado e moído com 26.535 sacas (0,1%).

Quanto aos cafés de qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis, eles representam 16,3% das exportações totais do Brasil em 2023, com o envio de 3,142 milhões de sacas para o exterior. Isso é uma queda de 19,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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