Vendas da Heringer disparam no segundo trimestre, apesar do prejuízo de R$ 135,3 mi
No cenário em constante evolução das profissões, um relatório recente divulgado pelo Fórum Econômico Mundial no final do primeiro semestre, lança luz sobre as mudanças no mercado de trabalho. O estudo prevê o surgimento de 69 milhões de novas vagas, porém alerta para o desaparecimento de 83 milhões de empregos até 2027. Aproximadamente 23% das ocupações passarão por mudanças, impulsionadas principalmente pela aplicação da Inteligência Artificial (IA) e as funções relacionadas ao Machine Learning (aprendizado de máquina). Durante a 78ª Semana da Engenharia e da Agronomia, realizada em Gramado, os temas o futuro da engenharia, inovação, comunicação, metaverso, inteligência artificial e como eles têm relação com a engenharia foram o centro dos debates.
O engenheiro ambiental Filipe Machado, coordenador do Colégio Regional de Entidades, trouxe a sua visão sobre as mudanças digitais e tecnológicas que os engenheiros agrônomos precisam estar atentos.
“Abordamos os efeitos da inteligência artificial na vida dos engenheiros e suas aplicações, com exemplos concretos. Muitos profissionais estão ficando para trás no avanço tecnológico, enquanto outros estão inovando e crescendo financeiramente com a aplicação de tecnologias”, destacou o engenheiro ambiental Filipe Machado durante palestra na semana de engenharia e agronomia.
Machado citou casos do Espírito Santo, como o projeto “Reflorestar”, uma iniciativa de preservação ambiental e geração de renda para produtos agrícolas locais. O programa já celebrou mais de 4.329 contratos com pequenos proprietários e liberou mais de R$ 100 milhões para projetos.
Além disso, ele mencionou o uso de sistemas de irrigação inteligentes, drones na agricultura e até mesmo a aplicação de inteligência artificial na iluminação urbana. O engenheiro enfatizou que o Espírito Santo tem pioneirismos em algumas dessas áreas.
“O Espírito Santo está à frente dessa agenda. Enquanto em outros estados essas discussões ainda são incipientes, aqui as pessoas já estão surpreendidas e engajadas nessa temática. Nosso estado, apesar de seu tamanho, está adotando uma postura proativa em relação às mudanças tecnológicas”, concluiu Filipe Machado.
O evento, considerado o maior encontro nacional da área tecnológica, reuniu mais de seis mil profissionais em Gramado, no Rio Grande do Sul. Inteligência artificial, metaverso, ESG, sequestro de carbono, engenharia espacial, sustentabilidade e cultura digital foram os temas que fomentaram debates referentes às engenharias.
Durante a 78ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, realizada entre os dias 08 e 11 de agosto, o Espírito Santo foi representado por uma comitiva de 450 profissionais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES).
O presidente do Crea-ES, Jorge Silva, ministrou uma palestra e destacou a importância das ações técnicas e fiscais do Conselho no contexto dos empreendimentos públicos e privados, evidenciando uma abordagem multidisciplinar e as atividades de fiscalização, vistoria e análise técnica que têm sido realizadas nos últimos anos.
“Este é o maior grupo de participantes do Espírito Santo em todas as 78 edições da Semana da Engenharia. Nosso objetivo é contribuir para a atualização e o aperfeiçoamento dos nossos profissionais, por meio dos mais de 100 minicursos, painéis com palestras e trabalhos diversos sobre inovação tecnológica que estão sendo oferecidos”, destacou Jorge Silva.
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