Milho puxa o crescimento da produção de grãos no Espírito Santo em 33,8% na safra 2022/23
No primeiro semestre deste ano, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) identificou irregularidades e emitiu 3.372 autos de infração, um aumento de 9% em relação ao ano passado, quando 3.095 autuações foram aplicadas. As ações foram motivas para coibir tanto o exercício ilegal da profissão de engenharia quanto a prestação de serviços por empresas sem Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
Os números também mostram um foco intenso nas fiscalizações inteligentes, um método que incorpora tecnologias avançadas como drones e satélites para otimizar o processo de monitoramento. Esse aprimoramento se refletiu em um crescimento de 15% nas ações fiscais em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 2.261 fiscalizações no segundo semestre.
O engenheiro civil e gerente de Fiscalização do Crea-ES, Leonardo Leal, compartilhou insights sobre o funcionamento dessas inovações.
“As fiscalizações inteligentes são fundamentadas em análises detalhadas por bairro, região e município. Essa abordagem ganha inteligência com a utilização de equipamentos especializados, incluindo drones e levantamentos técnicos realizados por nossos profissionais. O uso de ferramentas como drones e satélites desempenha um papel crucial no nosso processo de fiscalização”, destacou Leal.
Em 2022, foram realizados 5 mutirões de fiscalização e no segundo semestre de 2023 esse número duplicou, chegando a 10 mutirões. Os mutirões de fiscalização abrangeram diversas cidades do estado, entre elas Serra, Linhares, Aracruz, Vila Velha, São Mateus, Colatina, Guarapari, Cariacica, Viana e Cachoeiro de Itapemirim.
O alcance das atividades não se limita apenas ao ambiente urbano. No meio rural, a atenção é direcionada para questões, como a fiscalização da construção e reforma de barragens, a aplicação de produtos tóxicos e de sistemas de irrigação. A fiscalização no campo visa não apenas a conformidade com as normas, mas também a garantia da segurança das comunidades rurais e a proteção do meio ambiente.
“É fundamental que as empresas e produtores tenham conhecimento técnico sólido para evitar riscos e garantir a sustentabilidade das práticas agrícolas. Nossa fiscalização busca educar, prevenir e, quando necessário, punir para manter a integridade das atividades de engenharia e geociências”, destacou Leal.
Para intensificar o plano de interiorização do conselho, em agosto foram inauguradas cinco novas inspetorias nas cidades de Alegre, Venda Nova do Imigrante, Santa Maria de Jetibá, Barra de São Francisco e Nova Venécia.
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