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A Cooabriel, reconhecida por ser a maior cooperativa de café conilon do Brasil, tem investido nos últimos anos em ações voltadas para a melhoria da qualidade dos cafés. Em abril deste ano, a cooperativa inaugurou uma sala de provas na área do armazém sede, localizado em São Gabriel da Palha, no Espírito Santo. Agora, o espaço intitulado de “Dário Martinelli” recebeu uma certificação internacional concedida pela Specialty Coffee Association (SCA).
Com sede nos Estados Unidos, a SCA opera como uma organização sem fins lucrativos que reúne diversos membros da cadeia do café, desde cafeicultores até baristas e torrefadores.
Trata-se de uma das instituições que balizam a teoria e o conhecimento relacionado ao café especial em escala global, bem como regulamenta as estruturas físicas e certifica os profissionais que atuam como educadores nessas áreas. O Protocolo SCA, por sua vez, é amplamente adotado no Brasil no que diz respeito à classificação sensorial de cafés especiais.
A sala de provas da Cooabriel recebeu um investimento de R$ 330 mil, localizado na área do armazém da sede da Cooabriel, em São Gabriel da Palha. Desde a construção de sua estrutura física até os equipamentos, a sala foi preparada para atender aos rigorosos padrões internacionais.
O processo de certificação foi conduzido sob orientação de Helga Andrade, uma barista certificada pela SCA, degustadora certificada pelo CQI, e educadora e promotora de cafés especiais. Helga enfatiza que a sala de provas da cooperativa é a pioneira no Brasil a se dedicar exclusivamente ao café conilon.
Helga destaca ainda que a certificação valida o espaço como um laboratório apto a promover cursos voltados para cafés especiais, além de poder receber instrutores certificados internacionalmente.
“A qualidade da estrutura não fica atrás das melhores do mundo e está à altura das instalações em outros países”, avalia Helga.
Segundo Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, a estrutura da sala de provas não foi pensada apenas para oferecer cursos de capacitação, mas também para contribuir com a indústria cafeeira. A meta é avançar continuamente na qualidade dos cafés produzidos, atendendo às crescentes exigências do mercado.
“A sala de provas se apresenta como uma ferramenta que pode contribuir com a busca pela melhoria da qualidade, sobretudo para atender às necessidades do mercado, que tem se tornado cada vez mais exigente. É uma ferramenta que está à disposição da cafeicultura capixaba”, ressalta.
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