A Gramil, indústria de rochas de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, investiu R$ 35 milhões na expansão de sua unidade de beneficiamento de rochas ornamentais no município com um galpão de 3.500 m². O investimento da Gramil também contempla a aquisição de máquinas mais modernas para o beneficiamento do quartzito. Com a nova indústria, a capacidade de produção, que era de 15.000 m² de chapas por mês, foi ampliada para mais de 25.000 m², e pode chegar ao pico de 35.000 m² mensais.
Ao longo dos anos, a empresa investiu em tecnologia de ponta, incluindo equipamentos importados da Itália. Attila Sechin, presidente da Gramil, ressalta a importância das mudanças em sua fábrica e enfatiza que a modernização não se limita à qualidade do produto, mas também à qualidade de vida dos funcionários e à satisfação dos clientes.
“A região de Cachoeiro de Itapemirim enfrenta variações significativas de temperatura durante o verão. Com o novo galpão projetado de forma inovadora, a Gramil não apenas atende a demandas de produção, mas também proporciona um ambiente mais confortável para todos os envolvidos”, disse Sechin.
O novo galpão conta com uma ventilação especial para mitigar as variações extremas de temperatura que poderiam afetar visitantes nacionais e internacionais, especialmente durante a Cachoeiro Stone Fair.
A feira do mármore e do granito acontece em Cachoeiro de Itapemirim, no sul do estado, desde 1989. Considerada uma das principais feiras do setor, a programação, que se estende até sexta-feira (25), recebe milhares de visitantes de mais de 600 cidades brasileiras e de mais de 26 países, que visitam o evento em busca de lançamentos e tendências.
Um dos destaques da atuação da Gramil é sua produção de quartzito, uma pedra natural reconhecida por sua sofisticação e resistência. Embora mais desafiador de trabalhar em comparação com mármore e granito, o quartzito tem alta demanda e pode chegar a até R$ 6 mil o metro quadrado.
Em 2022, o setor de rochas ornamentais capixabas registrou faturamento de R$ 11,6 bilhões, sendo responsável por 82% das exportações brasileiras. No cenário onde o Espírito Santo é o principal produtor e o maior exportador de rochas do Brasil, as empresas seguem investindo para expandir sua capacidade de produção e na modernização das operações.
Para otimizar as vendas, melhorar os processos produtivos e aumentar as oportunidades de comercialização, a Gramil utiliza um painel de inteligência que reúne dados do setor de rochas ornamentais.
A ferramenta de Business Intelligence (BI), que foi desenvolvida pela GlobalSys, boutique de software capixaba, sob encomenda do Centrorochas, fornece dados relevantes do setor para auxiliar as empresas exportadoras na tomada de decisões estratégicas.
A construção do painel de inteligência foi dividido em duas etapas. A primeira fase consistiu na automatização da coleta de dados, um processo conhecido como Robotic Process Automation (RPA).
Por meio de robôs, a equipe de desenvolvimento foi capaz de extrair informações de sites especializados em dados do setor de rochas no Brasil, Estados Unidos e Europa. A partir desse conjunto de informações, foram gerados diversos painéis com indicadores relevantes.
Fabricio Fávaro, diretor de Analytics da GlobalSys, enfatiza que essa tecnologia é uma parte fundamental para empresas que buscam não apenas expandir, mas também se posicionar de forma mais competitiva no mercado global.
“O objetivo é claro: capacitar as empresas do setor e identificar oportunidades de crescimento, impulsionando assim os negócios dentro e fora do país. No painel de inteligência é possível analisar a posição do Brasil em comparação com outros países no mercado internacional, os tipos de rochas ornamentais mais demandados e os principais compradores em diferentes regiões”, disse Fávaro.
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