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No Espírito Santo, começaram a ser exportadas, a partir deste mês, pelo Aeroporto de Vitória, mercadorias produzidas pelo agro e pesca para fora do país. A partir de agora, serão exportados, semanalmente, produtos capixabas como mamão e pescados que, até então, só deixavam o estado pelas estradas. A expectativa é de que a operação área potencialize ainda mais a produção e exportação capixaba. Atualmente, o ES é o maior exportador de mamão e o segundo maior produtor. Segundo a Conab, as exportações brasileiras de mamão, de janeiro a julho, somaram 21,7 mil toneladas, uma queda de 13,9%. No entanto, o Espírito Santo segue na liderança e responde por 34% das exportações da fruta.
Se as exportações brasileiras de mamão caíram 13,9% de janeiro a julho, o mesmo cenário não é visto no faturamento, que cresceu em 2,75%, chegando a 31,58 milhões de dólares. Em julho, a disponibilidade para a exportação da fruta foi reduzida e controlada.
Fatores essenciais para explicar esses números estão relacionados com baixos investimentos em relação aos anteriores, chuvas em algumas localidades exportadoras, preços melhores no mercado interno e restrições por parte do consumidor europeu, principal comprador.
O destino principal para as exportações de mamão foi a Europa, principalmente Portugal (27%), Espanha (18%), Reino Unido (12%), Alemanha (8%), Países Baixos (8%) e Itália (6%).
Estimativas da Conab apontam que o Espírito Santo responde por 34% das exportações brasileiras de mamão, seguida de Rio Grande do Norte (33%), Paraíba (12%) e Bahia (12%).
No Espírito Santo, as mercadorias estão sendo enviadas semanalmente pelo Aeroporto de Vitória. O Airbus 330-220F está operando com destinos para América Latina e Europa. Com capacidade de transportar 70 toneladas, o avião é a maior aeronave a operar no estado. Em três voos realizados até o momento, já foram exportadas 34 toneladas de mamão e pescados.
A expectativa é de que a operação área potencialize ainda mais a produção e exportação capixaba, é o que aponta o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli.
“É uma nova perspectiva que se abre, com uma nova alternativa de mercado para os produtos capixabas. O objetivo, agora, é superar os desafios que ainda temos na operação aérea para acelerar a logística do embarque, aproveitando essa oportunidade para potencializar ainda mais a nossa exportação”, ressaltou Bergoli.
Atualmente, o Espírito Santo é o maior exportador de mamão do Brasil, sendo também o segundo maior produtor. Somente em 2022, o estado produziu 426 mil toneladas da fruta, segundo estimativas do IBGE.
As cotações subiram e a comercialização oscilou entre as Ceasas, após meses de suave queda de preços. Nas zonas produtoras ocorreu retração da oferta por causa do frio e de poucas chuvas, com a colheita de boa parte das frutas ainda sem a maturação ideal (mamão formosa e papaia).
A falta de chuvas, portanto, afetou a qualidade do mamão, sendo que em alguns locais ocorreu o surgimento de manchas com a presença de ácaros. Inclusive, na Bahia, ocorreu antecipação parcial da colheita para que o problema com os ácaros não ficasse ainda mais intenso. Como a coluna noticiou, produtores do norte do ES perderam parte de suas plantações, o que exigiu mais investimentos para o controle.
A Conab estima que em agosto as cotações devem cair para o mamão papaya, que deve ter a oferta aumentada durante o mês no norte capixaba e sul baiano. Isso deverá ocorrer na esteira de investimentos feitos por mamocultores em novas plantas no segundo semestre de 2022 e início de 2023, que agora começará a dar seus frutos.
Para a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), isso ocorreu tanto por causa da queda da produção (que ocorreu após a queda da demanda) no período da pandemia de Covid-19, quanto por causa da alta das sementes no mercado internacional ou mesmo em decorrência de fortes chuvas em algumas regiões capixabas em novembro e dezembro do ano passado.
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