Ago 2023
28
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Ciclo produtivo do mogno híbrido leva em média cinco anos

A iniciativa será apresentada no evento “Espírito Madeira-Design de Origem”, de 14 a 16 de setembro, em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo. Embora já presente em estados como Bahia, Minas Gerais, São Paulo e na Amazônia, o mogno híbrido ainda não tem plantio no Espírito Santo.

No entanto, a Forest Group demonstra interesse em fechar parcerias e expandir suas atividades para o Espírito Santo, que oferece um grande potencial para a silvicultura e toda a cadeia da madeira.

O mogno é procurado pela qualidade e beleza da madeira que resulta em produtos luxuosos e resistentes. A espécie é utilizada em indústrias moveleiras, construção civil, instrumentos musicais e indústria naval.

O mercado de madeira está em expansão, com uma demanda crescente impulsionada pela preocupação com a sustentabilidade e a proteção das florestas nativas.

Magno Welsing, sócio-diretor da empresa, o mogno híbrido se destaca como uma alternativa viável, além de estar em conformidade com as regulamentações nacionais e internacionais para madeira legalizada. O destaque é a recente regulação da CVM, que permite a tokenização dos títulos florestais, aumentando a comercialização e liquidez desses ativos.

Ainda segundo Welsing, o manejo para esse cultivo é intenso, pois se tem um prazo curto para acelerado crescimento e produção de madeira.

“O nosso cultivo é irrigado, por segurança hídrica e aceleração do desenvolvimento, além de toda a técnica de poda e manejo adequado desenvolvido nos últimos 24 anos. “Enquanto o mogno africano leva de 20 a 30 anos para chegar até a idade produtiva para atender a indústria, o híbrido asiático leva em média cinco anos”, explicou.

Além disso, o mogno híbrido impressiona pela rapidez de crescimento e produção. Em cinco ciclos de evolução genética, o projeto da Forest Group afirma conseguir acelerar e antecipar o crescimento do cerne para seis meses após o plantio da muda. “Com cinco anos, conseguimos madeira com diâmetro, qualidade e cerne maduro. Obtém-se aumento considerável de cerne em relação ao volume total do tronco (até 97%)”, ressalta Welsing.

A madeira é colhida em duas safras: 50% da população é cortada aos cinco anos, proporcionando retorno do investimento, e os outros 50% são cortados aos dez anos, gerando um retorno de dez vezes o valor investido. “Com adaptação a climas diversos, o clima tropical é considerado o mais apropriado para um desempenho ótimo”, afirma Welsing.

A Forest Group atua na produção florestal, abrangendo desde o desenvolvimento e evolução genética até a produção de mudas, manejo sustentável e permanente, corte e colheita, serragem, transporte e industrialização em sua própria serraria e marcenaria. A empresa também comercializa os produtos de sua industrialização própria, garantindo o controle de toda a cadeia produtiva.

Com 25 hectares plantados na fazenda de Serra Dourada, na Bahia, as metas até o final de 2024 incluem a plantação de mais 60 hectares. Além disso, existe a intenção de expansão para outros estados brasileiros e países da Europa, África e América do Norte.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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