Set 2023
4
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Com R$ 500 milhões sob gestão, TM3 busca captar recursos no exterior

O empresário Marcel Malczewski, fundador da empresa Bematech e gestor da TM3 Capital, compartilhou sua visão sobre esse novo fundo em uma entrevista com a coluna Agro Business. Ele destacou que o foco principal será direcionado para o agronegócio, reconhecendo o potencial do setor.

Este movimento, que agora busca internacionalizar os investimentos em startups, pretende ampliar o seu alcance além das fronteiras nacionais. O empresário Marcel Malczewski destacou que a TM3 está em um momento de expansão após mais de uma década de investimentos em tecnologia digital no Brasil. Confira a entrevista.

Agro Business: Por que a TM3 Capital decidiu investir em empresas do agronegócio? Qual é o potencial desse setor?

Marcel Malczewski: A decisão de investir no agronegócio foi motivada pelo reconhecimento de que, embora já tenhamos experiência com agtechs, o setor do agronegócio ainda possui startups com um nível de maturidade baixo. Acreditamos que há espaço para investimentos que visem à consolidação desse setor. Nossa estratégia é identificar agtechs promissoras e apoiá-las financeiramente, possibilitando que elas adquiram empresas menores e tecnologias, tornando-se empresas de maior porte e com cheques maiores.

Além disso, estamos observando uma mudança entre os produtores rurais, que antes eram relutantes em adotar novas tecnologias. Agora, eles estão começando a investir e testar novas tecnologias, o que cria um cenário para o desenvolvimento e a maturidade das empresas do setor.

Agro Business: Por que a TM3 Capital optou por buscar investimentos fora do país desta vez?

Marcel Malczewski: Esta é a primeira vez que a TM3 está buscando recursos no exterior. Planejamos captar um total de 100 milhões de dólares para este fundo. Nos últimos anos, a TM3 tem visto um crescimento constante. O Funses 1 é o quinto fundo que gerenciamos, e nossa experiência em investir em tecnologia digital no Brasil tem sido muito positiva. Como resultado, estamos sendo procurados por startups e vemos um amadurecimento do mercado de tecnologia no Brasil.

Diante desse cenário, estamos na busca por um sexto fundo que nos permita expandir nossos investimentos para além das fronteiras nacionais, incluindo países como Paraguai, Argentina e Uruguai.

Agro Business: Como esse novo fundo pode afetar as startups do Espírito Santo?

Marcel Malczewski: Nossa prioridade principal é o Fundo Soberano (Funses 1), que gerenciamos há um ano e que tem contribuído significativamente para o desenvolvimento do ecossistema capixaba. Continuaremos a direcionar nossos esforços para apoiar startups locais e que trazemos para o Espírito Santo por meio do Funses1.

No entanto, com o encerramento de um fundo anterior, estamos buscando oportunidades com a criação deste sexto fundo da TM3 para investir na maturidade das agtechs em todo o Brasil e no exterior. Também estamos considerando a possibilidade de co-investir com o Funses 1 em startups do agronegócio do Espírito Santo.

Agro Business: Nesse ambiente promissor, tem espaço para apoiar startups do agro capixaba?

Marcel Malczewski: Existe um potencial para fortalecer o ecossistema capixaba. Estamos dispostos a co-investir, quando apropriado, com o Funses 1 para promover o desenvolvimento das agtechs locais. Não impomos restrições à possibilidade de investir no Espírito Santo com este novo fundo; na verdade, estamos abertos a essa possibilidade e acreditamos que isso pode ser benéfico.

O que é mais importante é que temos o compromisso de trabalhar para fortalecer o ecossistema local, considerando o Espírito Santo como um centro promissor para o desenvolvimento de startups, semelhante ao que aconteceu em Florianópolis.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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