Produção capixaba de cacau, coco e banana cresce no primeiro semestre de 2023
As exportações de café conilon no Espírito Santo apresentaram um crescimento de 35,46% nos primeiros sete meses deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com dados divulgados pelo Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV), as exportações do conilon alcançaram um total de 1.042 milhão de sacas, gerando uma receita de US$ 153.427.268,89. Somando o arábica, conilon e o solúvel, de janeiro a julho, o estado exportou 1.718 milhão de sacas de café, com um preço médio de US$ 169,02 por saca, resultando em uma movimentação financeira de US$ 290.547.625,80.
No primeiro semestre deste ano, o Espírito Santo exportou um total de 619.265 sacas de café conilon. Contudo, o mês de julho registrou um salto, com a exportação de 422.740 sacas, seguido por um acréscimo de aproximadamente 558.000 sacas em agosto, totalizando um volume de aproximadamente 980.000 sacas. Esses números são parte de uma tendência de crescimento nas exportações que se consolidou nos últimos dois meses.
Até o momento, as exportações do conilon no acumulado do ano já ultrapassaram os resultados de 2022, ano em que foram exportadas 1,18 milhão de sacas.
O vice-presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV), Jorge Nicchio, explicou os motivos por trás desse crescimento nas exportações de café conilon.
“No café torrado e moído, o arábica era o principal café utilizado e o conilon entrava com a menor parte no blend. Isso mudou de três anos para cá, quando o conilon passou a ser a matéria-prima principal. Atualmente, o blend de conilon está em torno de 70% e do arábica em 30%”, explicou Nicchio.
Além disso, Nicchio destacou que o período da entressafra no Vietnã, o maior produtor de conilon do mundo, apresentou um impacto nas exportações. “O Vietnã destina 95% de sua produção para a exportação. Como o país está na entressafra, a oferta para o mercado externo diminuiu, o que foi uma oportunidade para que o Brasil e o Espírito Santo ganhassem mercado nas exportações”, acrescentou.
A qualidade do café conilon capixaba também foi observada por Nicchio. Segundo ele, a crescente exigência por qualidade no mercado de café tem beneficiado o Espírito Santo. “Cada vez mais surge a exigência de qualidade para o café. O estado ganhou em qualidade nos últimos anos e o mercado sente isso nos nossos produtos”, afirmou.
Para o executivo, outro fato importante que o mercado considera é a projeção que o Brasil, até 2030, voltará a ser o maior produtor mundial de café robusta/conilon, superando o Vietnã, atualmente o maior produtor.
Além das exportações de café conilon, o Espírito Santo também tem se destacado no mercado de café solúvel. Nos primeiros sete meses deste ano, foram exportadas 284.181 sacas, gerando uma receita de US$ 48.996.498,13. O café conilon capixaba tem atraído indústrias de solúvel para o estado devido à sua qualidade e disponibilidade.
“A atração de grandes empresas para o Espírito Santo se deve ao fato de o estado ser o maior produtor nacional de conilon, que é a matéria-prima essencial para a produção de café solúvel”, afirmou Nicchio.
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