O Espírito Santo é o segundo estado com maior número de produtos com Selo Arte no país para produtos de origem animal produzidos artesanalmente por agroindústrias. Ao todo, são 165 produtos certificados. Essa posição é superada por Minas Gerais, que lidera devido à produção em maior escala e territorialidade. Desse total, 110 selos estão em Venda Nova do Imigrante, município referência como berço do agroturismo, modalidade de turismo rural que associa a vivência do cotidiano agrícola ao lazer.
O Selo Arte é uma certificação nacional que atesta a produção artesanal de produtos de origem animal. Ele destaca a autenticidade dos produtos, muitas vezes produzidos por pequenas agroindústrias familiares. Além disso, valoriza a história do produto e sua conexão com as famílias que o produzem. Ter o Selo Arte é uma garantia de qualidade e permite que os produtos sejam comercializados em todo o território nacional.
O município tem a maior quantidade de produtos com Selo Arte. Queijos, socol, embutidos e outros produtos colocam Venda Nova do Imigrante em destaque na obtenção dos selos.
A conquista do Selo Arte trouxe benefícios econômicos para Venda Nova do Imigrante. Produtores como Lorenzo Carnielli relatam um aumento nas vendas, demonstrando o valor agregado que essa certificação proporciona aos produtos. As técnicas tradicionais são preservadas, garantindo a singularidade de cada produto.
“Desde que adquirimos o Selo Arte, notamos um crescimento de 30% nas vendas, resultado da valorização do produto com essa certificação. Se observarmos a área de produção, cada item é produzido de forma única e artesanal, seguindo as tradições de nossos antepassados, desde a separação do leite até os processos de coagulação, prensagem e maturação. Hoje, embora utilizemos técnicas de segurança avançadas e rigorosas normas de segurança alimentar, preservamos as receitas que tornaram esses produtos únicos”, explicou Carnielli.
A família Carnielli possui o Selo Arte em diversos produtos, incluindo o socol e outros produtos à base de carne, e recentemente conquistou a certificação também para seus laticínios. Para eles, esse certificado é um sinal de credibilidade para os consumidores.
Fabiano Fiúza, responsável pela gestão do Selo Arte no estado, destaca que quando um produto recebe essa certificação, ele ganha o direito de ser comercializado em todo o país.
“O Selo Arte é uma certificação nacional que atesta a produção artesanal de produtos de origem animal. São produtos feitos à mão, elaborados por agricultores familiares. Cada item é autêntico, possui características únicas e é elaborado seguindo receitas tradicionais que não encontramos em nenhum outro lugar”, explica Fabiano Fiúza.
Outra família que se beneficiou com o Selo Arte foi a da empresária Thais Falqueto, que foi a primeira a obter a certificação para a venda de socol em todo o Brasil. Além do socol, a família produz outros itens artesanais, como banha de porco, cachaça artesanal, fubá de milho e linguiça caseira. A certificação impulsionou as vendas em mais de 50%.
“Foi algo inesperado e nos deixou extremamente felizes em receber o selo. Conseguimos atender o mercado nacional, e por se tratar de produtos artesanais, muitas pessoas demonstraram interesse em adquirir e conhecer nossos produtos, que hoje estão presentes em todo o Brasil”, ressaltou Thais Falqueto.
Para receber o Selo Arte, os estabelecimentos devem estar registrados em algum serviço de inspeção oficial, seja municipal, estadual ou federal, garantindo a segurança dos consumidores. Além disso, os produtos devem ser elaborados artesanalmente, com técnicas manuais, e utilizar matérias-primas de produção própria ou de origem determinada.
A adição de ingredientes industrializados é restrita ao mínimo necessário, e não são permitidos corantes, aromatizantes e outros aditivos considerados cosméticos. O processamento prioriza o uso de receitas tradicionalmente familiares.
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