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Quem são os bilionários brasileiros do agronegócio que têm atuação no Espírito Santo
A economia do Espírito Santo cresceu 4% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Esse desempenho ocorreu em meio a um cenário marcado pela desaceleração da inflação e pelo aumento da geração de empregos e renda, colocando o estado acima da média nacional, que foi de 3,7%. Enquanto os protagonistas do resultado capixaba foram a indústria (2,8%) e serviços (6,3%), que também inclui comércio, a agropecuária capixaba recuou 12,1% no Espírito Santo. Os dados fazem parte do Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), compilados pelo Observatório da Indústria.
De acordo com o IAE-Findes, a economia capixaba foi impulsionada por dois segmentos no primeiro semestre deste ano, na comparação com o primeiro semestre de 2022.
“O aumento de 6,3% nas atividades do setor de serviços (que inclui comércio) e o avanço de 2,8% na indústria justificaram o crescimento da economia capixaba no período. Por sua vez, a atividade da agropecuária apresentou expressiva queda de 12,1%”, detalha a economista-chefe da Findes e gerente executiva do Observatório da Indústria da Federação, Marília Silva.
Essa retração de 12,1% na agropecuária devido às quedas tanto na pecuária (-4,2%) com a queda na produção de leite, suínos, aves e ovos, quanto na agricultura (-15%) devido a queda da cana-de-açúcar, do tomate e do café arábica e conilon.
A agricultura foi fortemente influenciada, entre outros motivos, pela bienalidade negativa do café esperada para 2023. Enquanto a nível nacional, o setor agrícola cresceu 17,9% devido a safras recordes de grãos.
Como o café possui uma participação expressiva na agropecuária capixaba, qualquer variação negativa nesse setor acaba impactando o setor como um todo.
No Espírito Santo, a produção está estimada em 13,65 milhões de sacas, com expectativa de redução de 18,4% em relação à safra anterior, causada pelo longo período de estiagem, aliado às baixas temperaturas e ano de bienalidade negativa, sobretudo, no arábica.
O recuo na agropecuária foi compensado pelos avanços na indústria e nos serviços. O desempenho positivo do setor de serviços foi influenciado pelas taxas positivas em todas as suas atividades: comércio (6,4%), transporte (4,0%) e demais atividades de serviços (6,6%).
“O mercado de trabalho favorável, a descompressão inflacionária, os programas governamentais de transferência de renda e a melhora das expectativas dos agentes econômicos ajudam a explicar essas taxas de crescimento”, esclarece Marília Silva.
O avanço de 2,8% da indústria capixaba foi motivado pelo crescimento de 13,8% da indústria extrativa, bem como pela expansão das atividades de energia e saneamento (2,8%) e construção (2,2%).
A única atividade industrial a recuar no primeiro semestre do ano foi a indústria de transformação (-10,2%), sendo impactada por quedas em todas as atividades: fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-19,5%), metalurgia (-10,2%), fabricação de celulose e papel (-5,3%), fabricação de produtos alimentícios (-1,5%) e fabricação de coque, de derivados do petróleo e de biocombustíveis (-0,9%).
No caso da indústria extrativa, o resultado positivo deve-se principalmente à atividade de pelotização do minério de ferro, que cresceu 21,5% no primeiro semestre do ano, e à produção de petróleo e gás natural, que aumentou em 6,9%.
Na análise do segundo trimestre de 2023 em relação ao segundo trimestre de 2022, a economia do Espírito Santo cresceu 3%. O resultado foi impulsionado pelo desempenho da indústria (3,9%) e do setor de serviços (6,5%), que compensaram o recuo de 15,7% na agropecuária.
Vale destacar que, com exceção da indústria de transformação (-9,6%), todas as demais atividades industriais no Espírito Santo apresentaram crescimento, incluindo a indústria extrativa (17,1%), construção (2,1%) e energia e saneamento (2,9%).
Para o Brasil, houve crescimento de 3,4% do PIB do país nesta base de comparação, motivado pelas expansões em todos os setores: agropecuária (17%), serviços (2,3%) e indústria (1,5%).
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