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Cooabriel vai definir os melhores cafés 100% conilon em prova com Silvio Leite
A terceira estimativa para a safra de café em 2023 no Espírito Santo, incluindo as variedades arábica e conilon, é de 13,06 milhões de sacas, uma redução de 21,9% na produção. Esse recuo pode ser explicado pelo longo período de estiagem, aliado às baixas temperaturas e ano de bienalidade negativa, principalmente, no arábica. Para o café conilon, a produção está estimada em 10,19 milhões de sacas, uma redução de 17,5% em relação à safra anterior. Quanto ao café arábica, a expectativa é de uma produção de 2.864 milhões de sacas, volume 34,4% abaixo do colhido na última safra. Essas estimativas foram divulgadas pela Conab nesta semana. Confira mais detalhes.
A primeira previsão da Conab apontava para uma safra de 14,5 milhões de sacas, representando uma queda de 13% em relação ao ano anterior, quando a produção atingiu 16,7 milhões de sacas. A segunda ajustou a projeção para 13,65 milhões de sacas, prevendo uma redução de 18,4% em comparação com a safra anterior.
No entanto, a terceira estimativa consolidou a queda na produtividade, indicando que a produtividade média no Espírito Santo também registrou uma redução de 20%, passando de 41,5 sacas em 2022 para 33,3 sacas em 2023. A área de produção também encolheu em 2,4%, diminuindo de 402.476 hectares para 392.760 hectares.
A nível nacional, a safra está estimada em 54,36 milhões de sacas, marcando um crescimento de 6,8% em relação à colheita de 2022. Além de ser um recorde para um ano de bienalidade negativa, essa é a terceira maior safra já colhida no país, atrás apenas dos anos de 2018 e 2020 ambos de bienalidade positiva.
Se a estimativa para este ano for comparada com o volume colhido na safra de 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento chega a ser de 13,9%.
Para o café arábica, a expectativa é de uma recuperação em 2023. A colheita desta variedade deve atingir 38,16 milhões de sacas, impulsionada por um aumento de 2,4% na área de produção e um ganho estimado de 13,9% na produtividade, graças a condições climáticas mais favoráveis em comparação com as duas últimas safras.
Cenário oposto é encontrado nas lavouras de conilon, onde é esperada uma queda de 11% na colheita quando comparado com o resultado obtido em 2022, com estimativa de serem colhidas 16,2 milhões de sacas neste ano.
“Este resultado se deve, sobretudo, à queda de 10,8% na produtividade, reflexo das condições climáticas um pouco adversas, registradas no principal estado produtor de conilon, o Espírito Santo, que impactou parte das lavouras, principalmente em fases iniciais do ciclo. Essa perda não foi compensada pelos ganhos esperados em Rondônia e Mato Grosso”, explica o gerente de Acompanhamento de Safras da Companhia, Fabiano Vasconcellos.
No Espírito Santo, a produção de café arábica enfrentou desafios climáticos, com chuvas escassas e irregulares durante as primeiras floradas, entre maio e setembro de 2022. Destaca-se também o impacto negativo de rajadas de vento em regiões de maior altitude, que causaram desfolhamento e reduziram parte do potencial produtivo da cultura.
A partir de outubro, as chuvas aumentaram, embora com distribuição ainda irregular, melhorando o cenário a partir de novembro. Durante a fase de formação dos frutos, as chuvas ocorreram em maior volume, especialmente entre dezembro e fevereiro de 2023, o que favoreceu o desenvolvimento dos grãos.
Em relação ao café conilon, a maturação e secagem dos grãos ocorreram de forma mais tardia do que o usual neste ciclo, atrasando a conclusão da colheita. Apesar das condições climáticas mais favoráveis, o potencial produtivo foi afetado nas fases de dormência e floração, entre maio e setembro de 2022.
Assim, houve redução na produção, mesmo com um leve aumento de 1% na área de produção, que foi estimada em 261.921 hectares.
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