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Produção de café está estimada em 13 milhões de sacas no ES, redução de 21,9%
O mercado de mamão formosa nas regiões do oeste da Bahia e norte de Minas Gerais apresentou aumento nos preços nesta semana. A razão para essa valorização está diretamente ligada à redução no volume de produção no norte do Espírito Santo e no sul da Bahia. O mamão formosa, que havia sido comercializado a preços mais baixos nas semanas anteriores, viu seu valor subir. Assim, o formosa foi vendido a 1,69/kg no oeste baiano, aumento de 15% em relação à semana passada; e por R$ 1,50/kg no norte mineiro, aumento de 27% na mesma comparação. A valorização também ocorreu por conta da melhora da qualidade, que estava comprometida no início do mês. Para as próximas semanas, é esperado que os preços continuem subindo por conta do volume controlado de formosa nas regiões produtoras.
Esse movimento de aumento nos preços do mamão foi visto em julho também. As cotações subiram e a comercialização oscilou entre as Ceasas, após meses de suave queda de preços.
Isso porque ocorreu retração da oferta nas principais regiões produtoras por causa do frio e de poucas chuvas, com a colheita de boa parte das frutas sem a maturação ideal para o formosa e o papaia.
Os produtores dessas regiões enfrentaram desafios climáticos que afetaram tanto a quantidade quanto a qualidade da fruta, resultando em uma diminuição da oferta. Além disso, a falta de chuvas em algumas áreas afetou a qualidade do mamão, sendo que em alguns locais ocorreu o surgimento de manchas com a presença de ácaros.
Na Bahia, a situação levou à antecipação parcial da colheita, visando evitar que o problema com os ácaros se agravasse. Já no norte do Espírito Santo, produtores enfrentaram perdas em suas plantações, exigindo investimentos adicionais para o controle fitossanitário. Um exemplo disso é o produtor Werlei Lorencine, de Sooretama, que teve cerca de 30% de sua plantação de 10 mil pés de mamão danificada.
O Espírito Santo é um dos principais polos produtores e exportadores de mamão do país, com municípios como Pinheiros, Pedro Canário e Linhares se destacando na produção. Segundo estimativas do IBGE, somente em 2022, o estado produziu 426 mil toneladas da fruta.
O presidente da Brapex, José Roberto Macedo, destacou que essas flutuações de preços são comuns no mercado do mamão e muitas vezes não podem ser atribuídas apenas à expansão ou redução das áreas de plantio. Ele enfatizou a influência dos fatores climáticos e das estratégias de distribuição das empresas exportadoras na dinâmica de preços.
“Não houve uma mudança drástica na redução ou aumento de área para justificar a mudança nos preços. Normalmente, são fatores climáticos e estratégias de distribuição das empresas que comercializam”, explicou Macedo Fontes. Ele também apontou que a tendência para o próximo ano é um aumento no volume de produção, o que naturalmente pode levar a uma queda nos preços.
No entanto, o presidente da Brapex ressaltou a importância da qualidade do produto para a exportação, observando que, se o mercado se ajustar com produtos de qualidade para exportação, o aumento das exportações pode contrabalançar a queda nos preços no mercado interno.
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