Set 2023
23
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Preços subiram no oeste da Bahia e norte de Minas 

Esse movimento de aumento nos preços do mamão foi visto em julho também. As cotações subiram e a comercialização oscilou entre as Ceasas, após meses de suave queda de preços.

Isso porque ocorreu retração da oferta nas principais regiões produtoras por causa do frio e de poucas chuvas, com a colheita de boa parte das frutas sem a maturação ideal para o formosa e o papaia.

Os produtores dessas regiões enfrentaram desafios climáticos que afetaram tanto a quantidade quanto a qualidade da fruta, resultando em uma diminuição da oferta. Além disso, a falta de chuvas em algumas áreas afetou a qualidade do mamão, sendo que em alguns locais ocorreu o surgimento de manchas com a presença de ácaros.

Na Bahia, a situação levou à antecipação parcial da colheita, visando evitar que o problema com os ácaros se agravasse. Já no norte do Espírito Santo, produtores enfrentaram perdas em suas plantações, exigindo investimentos adicionais para o controle fitossanitário. Um exemplo disso é o produtor Werlei Lorencine, de Sooretama, que teve cerca de 30% de sua plantação de 10 mil pés de mamão danificada.

O Espírito Santo é um dos principais polos produtores e exportadores de mamão do país, com municípios como Pinheiros, Pedro Canário e Linhares se destacando na produção. Segundo estimativas do IBGE, somente em 2022, o estado produziu 426 mil toneladas da fruta.

O presidente da Brapex, José Roberto Macedo, destacou que essas flutuações de preços são comuns no mercado do mamão e muitas vezes não podem ser atribuídas apenas à expansão ou redução das áreas de plantio. Ele enfatizou a influência dos fatores climáticos e das estratégias de distribuição das empresas exportadoras na dinâmica de preços.

“Não houve uma mudança drástica na redução ou aumento de área para justificar a mudança nos preços. Normalmente, são fatores climáticos e estratégias de distribuição das empresas que comercializam”, explicou Macedo Fontes. Ele também apontou que a tendência para o próximo ano é um aumento no volume de produção, o que naturalmente pode levar a uma queda nos preços.

No entanto, o presidente da Brapex ressaltou a importância da qualidade do produto para a exportação, observando que, se o mercado se ajustar com produtos de qualidade para exportação, o aumento das exportações pode contrabalançar a queda nos preços no mercado interno.

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