Set 2023
30
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Set 2023
30
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Espírito Santo é o 7° maior produtor de alho do Brasil

Além das variedades nobres, o projeto também contempla as variedades semi-nobres, que, embora tenham menor aceitação comercial, ainda são amplamente cultivadas por pequenos agricultores. Essas cultivares podem ser plantadas sem a necessidade de vernalização e são consideradas de ciclo intermediário, com um período de colheita entre 130 a 160 dias.

No processo de cultivo do alho, três abordagens distintas são adotadas: o método convencional, o cultivo direto na palha e o cultivo orgânico. No método convencional, por exemplo, a técnica de mulching é empregada, consistindo na cobertura do solo para proteger a plantação e otimizar os resultados nas colheitas, além de reduzir a incidência de pragas e os custos de produção.

Luiz Fernando Favarato, pesquisador do Incaper, esclarece que no cultivo orgânico do alho, adubos orgânicos são utilizados como fonte de nutrientes para as plantas. Ele acrescenta que “nos outros sistemas, adubos químicos são utilizados. No cultivo orgânico, o manejo de pragas e doenças é diferenciado, pois requer a aplicação de produtos biológicos específicos”, destacou.

A iniciativa envolve a participação de 22 produtores dos municípios de Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá e Venda Nova do Imigrante.

Andrea Costa, pesquisadora do Incaper, explica a queda na produção ao longo dos anos no Espírito Santo ao surgimento de um fungo conhecido como “podridão branca”, que ataca diretamente as raízes, resultando em apodrecimento e diminuição da produção.

“Na década de 90, a abertura do mercado para a importação de alho ocorreu sem uma avaliação adequada no mercado interno, o que contribuiu para o declínio da cultura do alho no estado. Isso contribuiu para a expansão da cultura do morango”, disse.

O Espírito Santo ainda se destaca como o 7° maior produtor de alho do país, com uma produção de cerca de 1.567 toneladas, plantados em uma área de 154 hectares. Quatro municípios concentram a maior parte dessa produção: Santa Maria de Jetibá (1.123 toneladas), Afonso Cláudio (144 toneladas), Domingos Martins (132 toneladas) e Itarana (62 toneladas). Em 2022, o estado exportou 6.589 quilos de alho.

Veja também

As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

Pular para a barra de ferramentas