Out 2023
2
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Fortes ventos podem afetar a próxima safra de café

Essa mudança abrupta nas condições climáticas se deve à chegada de uma frente fria ao Espírito Santo, com chuvas de 30 mm/h até 50 mm/dia, além de ventos que poderiam atingir até 60 km/h na semana passada.

A força dos ventos registrados causaram prejuízos para as plantações de café, causando o desfolhamento das plantações de café e prejudicando a colheita da próxima safra.

Na propriedade do produtor Dalvacir Guaitolini, localizada em Sooretama, os primeiros sinais de ventos fortes foram registrados a partir da última quinta-feira, afetando as plantações de café e pimenta-do-reino.

“No ano passado, as ventanias ocorreram durante a fase da florada. Desta vez, a situação foi diferente, com as folhas verdes sendo arrancadas pela força dos ventos. Estamos no período de formação dos grãos, e os prejuízos são grandes para nós, produtores”, afirmou Guaitolini.

A propriedade abrange 14 hectares de plantação de café e inclui a variedade kottanadan de pimenta-do-reino. O cafeicultor estima que pode sofrer perdas de cerca de 15 a 20% das folhas de café.

“Ainda é difícil quantificar os prejuízos financeiros, mas esses ventos de fato fizeram com que eu perdesse folhas saudáveis que seriam essenciais para a formação dos grãos”, explicou o produtor.

O Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do Brasil, sendo responsável por 70% da produção nacional. É responsável por até 20% da produção de café robusta do mundo. Atualmente, o estado possui 283 mil hectares de plantações de conilon distribuídos em 63 municípios e envolvendo 40 mil propriedades.

Os maiores produtores de café conilon do Espírito Santo são os municípios:  Rio Bananal, Vila Valério, Jaguaré, Vila Valério, Nova Venécia, Sooretama, Linhares, Rio Bananal, São Mateus, Pinheiros, Governador Lindenberg, Boa Esperança, Vila Pavão, São Gabriel da Palha, Colatina e Marilândia.

Para 2023, a safra de café está estimada em 13,06 milhões de sacas, incluindo as variedades arábica e conilon. Esse número aponta uma redução de 21,9% na produção total, resultado de um prolongado período de estiagem, temperaturas baixas e ano de bienalidade negativa. Especificamente para o café conilon, a produção é estimada em 10,19 milhões de sacas, representando uma redução de 17,5% em relação à safra anterior.

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