Cooperativas agropecuárias crescem e movimentam R$ 4,3 bilhões no Espírito Santo
Em 2022, as cooperativas capixabas da agropecuária exportaram produtos que somaram R$ 194,7 milhões, incluindo café e pimenta-do-reino. O crescimento foi de 85,5% em relação a 2021, quando as exportações atingiram R$ 104,9 milhões. Esse avanço foi impulsionado, em grande parte, pelas exportações de café, que cresceram 128% e alcançaram R$ 121,6 milhões. A agropecuária é um dos ramos das cooperativas que trabalha com atividades extrativistas, agroindustriais, aquícolas e pesqueiras, representadas por organizações como Cooabriel, Cafesul e Coopbac. Os dados do Anuário do Cooperativismo Capixaba foram mapeados pelo Sistema OCB/ES em parceria com a Futura Inteligência.
Tanto as vendas no mercado interno quanto as exportações de café cresceram em 2022. As vendas no mercado interno chegaram a R$ 1,9 bilhão. Já as exportações de café registraram um aumento de 128%, totalizando R$ 121,6 milhões. Para fins de comparação, em 2021, as exportações de café totalizaram R$ 53,3 milhões, e em 2020, esse valor foi de R$ 36,4 milhões.
Em 2022, as cooperativas comercializaram 2,1 milhões de sacas de café conilon, 132 mil sacas de café arábica e 58 mil sacas de cafés especiais, aqueles com uma pontuação acima de 80 pontos. Além disso, essas cooperativas declararam uma capacidade de armazenagem de 3,1 milhões de sacas de café.
Só a Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil, recepcionou mais de 1,8 milhão de sacas de café conilon em seus armazéns e exportou 118 mil sacas. Por outro lado, a Nater Coop produziu mais de 700 mil sacas.
Os municípios que se destacaram na captação e comercialização foram Águia Branca, Alto Rio Novo, Afonso Cláudio, Brejetuba, Ibatiba, Irupi, Iúna, Alegre, Jerônimo Monteiro, Muqui, Mimoso do Sul, Boa Esperança, Nova Venécia, Jaguaré, Vila Valério, São Gabriel da Palha, Santa Maria de Jetibá, Venda Nova do Imigrante e Anchieta.
Em relação às exportações, foram enviadas para o mercado internacional aproximadamente 182 mil sacas. Desse total, 149 mil foram de conilon; 18,9 mil de arábica; e 14 mil de cafés especiais (acima de 80 pontos).
De acordo com dados do Sistema OCB/ES, os países que mais receberam o café capixaba foram: Argélia, Austrália, Bélgica, Colômbia, Cuba, Egito, Emirados Árabes, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Iraque, Itália, Jordânia, Marrocos, Paquistão, Reino Unido, República Dominicana, Rússia, Sudão e Turquia.
No cenário geral, em 2022, as cooperativas agropecuárias capixabas foram responsáveis por um faturamento de R$ 4,3 bilhões, que representou 37,3 de toda a movimentação econômica do cooperativismo do Espírito Santo.
Em 2022, mais de 1,8 milhão de pessoas estavam envolvidas com o cooperativismo no Espírito Santo, o que representa quase metade (46,8%) da população capixaba.
O secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli, destaca o papel ativo do cooperativismo capixaba na construção de iniciativas que beneficiam os produtores rurais.
“Apenas em 2023, lançamos vários programas em parceria com as cooperativas, incluindo o de crédito rural capixaba com contribuições do Sicoob, Sicredi e outras cooperativas de crédito. O crédito é fundamental para ampliar os horizontes e emancipar o agricultor, que pode investir em seu negócio. Além disso, lançamos o programa de cafeicultura sustentável em colaboração com o cooperativismo. Queremos usar o Espírito Santo como um modelo de produção de alta qualidade e sustentabilidade dos cafés conilon e arábica consumidos e comercializados no Brasil e no mundo”.
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