Feira do agro de Pinheiros movimentou R$ 150 milhões em negócios
De janeiro a setembro, o agronegócio capixaba já movimentou US$ 1,4 bilhão de dólares em exportações, cerca de R$ 6,9 bilhões na cotação atual. Esse valor é 14,8% superior ao mesmo período do ano passado. O volume de exportação também aumentou em 3,1%, no total, mais de 1,8 milhão de toneladas de produtos capixabas foram embarcadas para o exterior. Entre os produtos mais valorizados em termos comerciais, destacam-se o gengibre, café em grãos, café solúvel, álcool etílico, carne bovina e celulose. Os dados das exportações do agronegócio capixaba foram compilados pela Secretaria da Agricultura do ES (Seag).
Além dos resultados positivos na comercialização do gengibre (124,3%), outros produtos apresentaram bons desempenhos no valor comercializado.
Dentre eles, o café cru em grãos cresceu 38,1%, o café solúvel aumentou em 20,6%, o álcool etílico em 21%. Além disso, a carne bovina também contribuiu com bons resultados 10,6%, a celulose 6,1% e os chocolates e os produtos derivados de cacau, com aumento de 5,6%.
Esses produtos compensaram a queda do valor da carne de frango, que diminuiu 48,3%, os peixes apresentaram uma redução de 36,1% e, na sequência, o mamão com 19% e a pimenta-do-reino, com queda de 15,5%.
Os três principais produtos da pauta das exportações do agronegócio (café, celulose e pimenta-do-reino) representaram mais de 92,5% do valor total comercializado de janeiro a setembro deste ano.
O secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli, acredita que a comercialização internacional do agro capixaba cresceu como esperado e são previstos números mais animadores nos últimos meses de 2023.
“Estamos mantendo o otimismo para alcançarmos um montante de cerca de US$ 2 bilhões para 2023 em exportações, tendo em vista que esperamos um crescimento ainda maior entre os meses de outubro e dezembro para vários produtos da nossa pauta de produtos comercializados em mais de 100 países” afirmou Bergoli.
Em relação ao crescimento do volume comercializado, o café apresentou a maior expansão entre os produtos, com aumento de 74,1%. Na sequência, o gengibre (16,2%), a carne bovina (11,7%), o álcool etílico (+8,1%), a pimenta-do-reino (+7,3%) e o chocolates e produtos à base de cacau (4,1%). Em queda no volume de exportações estão a carne de frango (-54,2%), os peixes (-33,1%), o mamão (-32,3%) e a celulose (-1,2%).
No ranking dos principais produtos exportados, o café ultrapassou a celulose e passou a ocupar o primeiro lugar na pauta de exportação, gerando US$ 635,9 milhões de dólares (44,09% do total). Em seguida, vem a celulose, com US$ 583,3 milhões de dólares (40,44% do total), e a pimenta-do-reino, com US$ 114,1 milhões de dólares (7,93% do total).
Um dos motivos para esse avanço é a exportação de café conilon capixaba para o mundo. Como noticiado pela coluna Agro Business, o Espírito Santo foi responsável pelo envio de 2,2 milhões de sacas de café conilon para o exterior, contribuindo com 84,26% dos envios nacionais.
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