Nov 2023
5
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Nov 2023
5
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

 

Mercado de trabalho no agro encolheu 3,9% de 2016 até 2023

A agropecuária foi a grande responsável por essa redução, com queda de 9,6% no período avaliado, pressionada tanto pela agricultura (-9,7%) quanto pela pecuária (-9,5%).

No segundo trimestre de 2023, o agro atingiu o maior número de pessoas ocupadas em vagas formais (5,7 milhões) e a maior taxa de formalidade (41,5%) para um segundo trimestre.

Como comparação, o estudo mostra que no mercado de trabalho brasileiro como um todo viu um aumento nas ocupações entre 2016 e 2023 (+9,1%). Mas essa alta foi puxada, sobretudo, pelos informais, que registraram um crescimento de 12,4%. Os empregos formais também cresceram no Brasil, mas em uma proporção menor (+6,7%).

Como resultado, a taxa de formalidade no mercado de trabalho caiu ao longo dos anos, passando de 58,9% para 57,7%, ou seja, o mercado de trabalho do agro ficou mais formal ao mesmo tempo em que aumentou a informalidade do mercado de trabalho brasileiro.

Na avaliação de Jaciara Pinheiro, sócia da consultoria de recursos humanos e gestão de pessoas Rhopen, esse movimento é reflexo de um setor que busca se profissionalizar e se estruturar para enfrentar os desafios.

“A formalização e o aumento dos salários são uma resposta à demanda por maior profissionalização. O agronegócio entendeu que é mais importante ter profissionais altamente qualificados do que apenas um grande volume de trabalhadores. Com profissionais bem preparados e processos melhor estruturados, é possível alcançar uma eficiência, já que a qualificação de um profissional impulsiona melhorias nos processos, eficiência e desempenho, e isso é inegável. Essa é uma tendência clara e é o resultado de um movimento no setor que reconhece a necessidade de se tornar mais competitivo”, destacou Jaciara Pinheiro, sócia da Rhopen.

Ainda de acordo com o estudo, essa tendência de maior formalização no agro também influenciou o aumento da remuneração média, que cresceu em relação à média nacional.

Entre o segundo trimestre de 2016 e o mesmo período de 2023, a remuneração média dos trabalhadores do agronegócio cresceu 12,6% em termos reais, passando de R$ 1.793,69 para R$ 2.018,99. No mesmo período, a remuneração média do Brasil cresceu em um ritmo muito menor, de apenas 4,3%, indo de R$ 2.719,44 para R$ 2.836,40.

Esse resultado foi impulsionado principalmente pela agropecuária, na qual trabalhadores da agricultura (+25,9%) e da pecuária (+ 22,3%) receberam salários maiores.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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