A Melitta, marca da Alemanha que desenvolve cafés embalados a vácuo, café solúvel, filtros para café e outros produtos relacionados à indústria cafeeira, anunciou uma linha de cafés especiais da espécie canephora e variedade conilon durante a Semana Internacional do Café (SIC). Os cafés da linha “Terras Capixabas” foram cultivados pelo cafeicultor Luis Carlos da Silva Gomes na Fazenda São Bento, em Santa Teresa, região serrana do Espírito Santo, disponíveis nas opções em grãos e torrado & moído. Esse lançamento faz parte do projeto Neo Canephora idealizado por Ensei Neto, um dos maiores nomes do cenário dos cafés especiais no Brasil.
O lançamento da Melitta durante a Semana Internacional do Café (SIC), realizada na semana passada, é uma nova linha de produtos totalmente dedicada ao canephora produzidos por meio de práticas avançadas de pós-colheita. O produto é descrito como um café encorpado com toque amanteigado, notas de nibs de cacau e acidez alta.
O idealizador do projeto e especialista em café, Ensei Neto, detalha que o lançamento faz parte do “Neo Canephora”, iniciativa que reúne produtores de diversas regiões do país na produção de cafés especiais da variedade conilon, seguindo um protocolo de produção similar.
Segundo Ensei, tudo começa nos métodos de produção do café. “Os produtores seguem um protocolo específico estruturado na área do conilon. Optamos por utilizar várias fermentações com esse grupo de produtores. No final, a intenção é que os cafés tenham sua particularidade, mas todos com a mesma metodologia de produção”, destaca o especialista.
Dessa vez, o café “Terras Capixabas” teve sua origem na Fazenda São Bento, com 127 hectares, mas a expectativa é que cafés de outras propriedades capixabas também ingressem no mercado nacional. No Espírito Santo, fazem parte da ação produtores de municípios, como Santa Teresa, Águia Branca, Barra de São Francisco e São Gabriel da Palha.
Há mais de um século, a fazenda São Bento produz café em Santa Teresa. Inicialmente, os proprietários se dedicavam apenas ao arábica, mas, com as mudanças climáticas, passaram a cultivar também o tipo conilon. Os cuidados, desde o plantio até o beneficiamento, fazem com que os grãos alcancem alta pontuação.
“A batalha pelo reconhecimento do conilon especial não é algo recente; ela remonta à década de 90, período em que nos dedicamos a aprimorar esses cafés especiais. Alcançar o patamar atual, com uma grande torrefadora adotando essa ideia, é uma realização gratificante. Ter uma companhia que acredita em nossos sonhos e que está caminhando conosco é testemunhar a materialização de um produto que não apenas atende aos padrões de segurança alimentar, mas também promete agradar ao paladar do consumidor brasileiro”, enfatizou o cafeicultor Luis Carlos Gomes.
Como a multinacional alemã Melitta está presente em mais de 100 países, existe a possibilidade desses cafés serem enviados para outros locais do mundo.
Fundada em 1908, em Dresden, por Melitta Bentz, criadora do primeiro filtro de papel para coar café, hoje a marca tem no Brasil o 2º maior mercado. No Brasil, a companhia tem um portfólio que contempla cafés torrados, moídos e em grãos, filtros de papel, acessórios para preparo de café, espresso em cápsulas, café solúvel e bebidas instantâneas.
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