Nos primeiros 15 dias de novembro, 300 incêndios em vegetação foram registrados no Espírito Santo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O número é seis vezes maior do que no mesmo período do ano passado, em que houve 53 ocorrências. A onda de calor intenso tem tido um papel crucial nestas ocorrências, no entanto, o que tem chamado a atenção de instituições capixabas ligadas ao agronegócio é o aumento de incêndios florestais intencionais no norte do Espírito Santo.
Representantes do setor produtivo capixaba se posicionaram e repudiaram os recentes e recorrentes atos de incêndios florestais que têm ocorrido na região do norte do Espírito Santo.
Segundo informações da nota conjunta de repúdio aos incêndios, entre os dias 10 a 12 de novembro, aproximadamente, 150 focos de incêndio foram provocados intencionalmente. Ao todo, foram consumidos cerca de 350 hectares de florestas plantadas e nativas, comprometendo a biodiversidade e o equilíbrio ambiental.
O documento afirma que os dados foram divulgados por empresas prestadoras de serviços de combate a incêndios. Além disso, nota-se que os prejuízos econômicos e sociais são alarmantes, em que 9.000 metros cúbicos de madeira já colhidas foram queimadas, afetando diretamente a economia, o meio ambiente e o desenvolvimento local.
“De igual preocupação estamos com as áreas naturais protegidas, com registros de incêndios destruindo importantes habitats de espécies de fauna ameaçadas de extinção e prejudicando a qualidade ambiental de um bem de uso comum da sociedade que mantém nossas nascentes e reservatórias hídricos de grande importância para o período de extrema seca projetado para esse ano”, destacou a nota assinada por instituições ligadas ao agronegócio.
De acordo com o posicionamento, este cenário requer ações imediatas por parte das autoridades para prevenção e combate dessas práticas.
“Confiamos que as autoridades públicas municipais, estaduais e federais seguirão com os esforços no sentido de investigar e responsabilizar administrativa e criminalmente os envolvidos nessas práticas que destroem o equilíbrio da sustentabilidade regional”, ressaltou a nota.
A nota foi assinada em conjunto por instituições ligadas ao agronegócio capixaba, representado pela Associação Agricultura Forte, Associações de Agricultores Familiares, Lenhadores, Pescadores, de Turismo e Desenvolvimento.
Além do Centro de Desenvolvimento do Agronegócio (Cedagro), Espírito Santo em Ação, Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) e Sindicatos Rurais de Linhares, Pedro Canário e São Mateus.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória
