Cooperativa capixaba lança programa de telemedicina em parceria com startup de saúde Conexa
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Vila Velha (UVV) revelou que o consumo de café tem sido associado a efeitos benéficos do café conilon em idosos com a doença de Alzheimer. A pesquisa foi a primeira do mundo a comprovar que os efeitos do café conseguem melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo o nível de oxidação celular, e as funções cognitivas e motoras no dia a dia. A pesquisa revelou que o café conilon cultivado em terras capixabas possui teores mais altos de cafeína e dos princípios ativos chamados de “ácidos clorogênicos”, chegando a quase o dobro que o café arábica.
O estudo foi realizado durante 90 dias, onde os pacientes consumiram no mínimo 2 xícaras de 200 mL (400 mL) de café conilon por dia. A avaliação cognitiva, os exames bioquímicos e a análise de marcadores de estresse oxidativo foram realizados nos pacientes antes de começar o estudo (T0) e após 90 dias (T90).
Ao final do tratamento foi observada melhora significativa na cognição dos pacientes entre o início do estudo e após os 90 dias. Além disso, houve redução do estresse oxidativo dos pacientes, indicando os efeitos benéficos do café.
O consumo do café não alterou significativamente nenhum parâmetro sanguíneo, o que confirma a segurança do tratamento com café durante os 90 dias.
A pesquisadora do estudo, Julia Carolina Lopes, ressalta que os resultados superaram as expectativas.
“Nós alcançamos resultados animadores, os familiares mencionaram quanto os pacientes melhoraram na questão de recordar o nome dos filhos, a expressão facial e coordenação motora. Superamos todas as nossas expectativas e esperamos estudar cada vez mais esse café, bem como ver novas pesquisas sobre essa doença porque a gente vê um crescimento dela no país, principalmente na geração que está chegando”, explicou Lopes.
A descoberta foi publicada em uma das mais conceituadas revistas científicas do mundo sobre a doença de Alzheimer: Journal of Alzheimer’s disease, da Holanda. Além disso, foi apresentada na 37ª Conferência Internacional EFFoST 2023, um congresso internacional realizado na Espanha.
O orientador da pesquisa, o professor Rodrigo Scherer ressalta a importância do estudo. “Esse cafezinho do dia a dia tem uma importância muito grande. Ao tomar o café as pessoas estão consumindo substâncias que melhoram e previnem doenças. Além disso, reforça a relevância desse setor no Espírito Santo que pode ser alavancado com essa pesquisa”, disse Scherer.
O café Conilon “Conquista” foi cultivado, beneficiado e cedido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) para realização da pesquisa. E a pesquisa foi realizada a partir do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Vila Velha (UVV).
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória