Nov 2023
26
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Simpósio vai homenagear cafeicultores de conilon do Espírito Santo

No primeiro dia, o foco será a primeira edição do “Simpósio de Pesquisas e Tecnologias em Coffea Canephora”. Foram recebidos 54 estudos de pesquisadores do Espírito Santo com temas que vão desde o melhoramento genético de plantas até experimentos com drones e manejo de irrigação, envolvendo instituições nacionais e até mesmo internacionais, como a Universidade de Lisboa, em Portugal.

Desse total 30 são da Ufes. Vale lembrar que a universidade é a instituição que mais publica artigos no mundo quando o assunto é café conilon ou robusta. Entre os anos de 2008 e 2023 já totalizaram 198 publicações.

José Braz Matiello é um dos palestrantes que foi convidado para falar sobre os principais avanços tecnológicos da cafeicultura nos últimos anos. Além de ser pesquisador na Fundação Procafé, é coordenador do Simpósio Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, evento tradicional da cafeicultura, que já está na 47ª edição, em Minas Gerais.

No segundo dia, o “Simpósio do Produtor de Conilon”, em sua 12ª edição, reunirá cafeicultores, estudantes, pesquisadores, engenheiros agrônomos e técnicos do segmento, além de apreciadores de café. O enfoque será dados em temas como avanços tecnológicos da cafeicultura, as consequências das mudanças climáticas, técnicas para a colheita, bem como sobre a agroeconomia e conformidade legal no trabalho rural.

Fábio Luiz Partelli, coordenador geral do evento e professor da Ufes, destaca que a cafeicultura passou por transformações significativas nas últimas duas décadas, impulsionadas pela adoção de novas tecnologias.

“Nestas últimas duas décadas, testemunhamos uma série de mudanças importantes na cafeicultura. Durante as décadas de 90 e 2000, observamos avanços que vão desde a propagação vegetativa até o melhoramento genético, o adensamento das plantas, a adoção da irrigação e medidas fitossanitárias. A seleção criteriosa de plantas superiores, aliada a outras técnicas integradas em um pacote tecnológico, como a adubação equilibrada, resultou em ganhos de produtividade”, disse Partelli.

Segundo ele, foi perceptível o progresso após a chegada da mecanização, incluindo a colheita semi mecanizada com alto motriz, e a pulverização com drones. “Esses equipamentos se destacam pela eficiência, especialmente no que se diz respeito à redução da dependência da mão de obra. Nesse cenário, a qualidade do conilon ganhou um espaço de destaque significativo”, ressaltou Partelli.

Cafeicultores capixabas serão homenageados por suas experiências de sucesso no cultivo de conilon, sendo eles: Geralda Soares Colomi, de São Gabriel da Palha; Edgar Bastianello (vencedor do concurso de qualidade da Cooabriel em 2022), de Nova Venécia; e Gerson Cosme, de Jaguaré.

Cafés capixabas estão cada vez mais competitivos no cenário global

O café conilon ocupa posição importante no Espírito Santo, sendo o maior produtor de conilon do Brasil, responsável por 75% da produção nacional. As exportações também cresceram, com o estado sendo responsável por 91,65% das exportações nacionais de café conilon em setembro, enviando 572 mil sacas para o exterior.

Além disso, o conilon tem se destacado em concursos nacionais de qualidade, como o Coffee of the Year, onde os cafés capixabas foram os grandes vencedores em ambas as categorias (arábica e conilon).

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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