Nov 2023
29
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Investimento em prevenção contribui para reduzir ocorrências em áreas florestais

Na central de monitoramento todas as áreas da empresa e ao redor são monitoradas. De acordo com o gerente de Inteligência Patrimonial, Douglas Guedes de Oliveira, no último ano foi possível reduzir mais de 60% dos incêndios na região norte do Espírito Santo.

“Neste ano, nós conseguimos manter essa redução em torno de 20%. Nós temos mudado a estratégia para conseguir ter uma melhor localização das brigadas, o melhor uso dos equipamentos que adquirimos para combate. Também temos investido em treinamentos e capacitações para garantir a continuidade dos resultados positivos que alcançamos nos últimos dois anos”, explicou Guedes.

Com a adoção de novas tecnologias, a Suzano vem registrando redução dos danos causados por incêndios em suas áreas florestais. De janeiro a setembro deste ano, houve redução de 45% no total de área queimada, em comparação a igual período do ano anterior. Considerando apenas as áreas destinadas à preservação da vegetação nativa, a redução chega a quase 70%.

A queda se deve ao sistema de prevenção e controle, que conta com equipes de brigadistas treinadas segundo rigorosas normas internacionais, e dispõe de duas Centrais de Operações Integradas, uma em Aracruz e outra em Conceição da Barra. Elas monitoram por meio de câmeras e via satélite as florestas nativas, plantios de eucalipto e pilhas com madeira já colhida.

O monitoramento contínuo e as tecnologias de prevenção permitem atuar de maneira mais rápida no combate, reduzindo o alcance do fogo. Além de atuar em suas áreas próprias, as brigadas da Suzano também apoiam o combate de incêndios de áreas vizinhas em parceria com o Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, inclusive em áreas de produtores rurais.

A estrutura de combate a incêndios da empresa no Espírito Santo inclui torres de monitoramento, além de equipes, com mais de 170 brigadistas. Mais recentemente, uma outra ferramenta passou a fazer parte do aparato de monitoramento e controle de ocorrências em áreas florestais: o Nauru 500C VTOL.

Ele é um drone capaz de fazer imagens de longa distância em períodos diurno e noturno, chegando a locais de difícil acesso em curto período de tempo. Arilson Ribeiro de Siqueira, coordenador de Inteligência Patrimonial, explica que esse é o primeiro equipamento híbrido construído com tecnologia 100% brasileira. “É um equipamento que decola e pousa na vertical e que tem um alcance de até 60 quilômetros de distância, desde o ponto de decolagem até o ponto final”, disse Siqueira.

No final de outubro, a Suzano anunciou investimento de R$ 1,17 bilhão no Espírito Santo. Serão destinados R$ 650 milhões na construção de uma fábrica de papel tissue e R$ 520 milhões na substituição de uma caldeira de biomassa em um dos complexos fabris de produção de celulose da companhia.

Companhia aponta que 90% dos casos são provocados por ação humana

Apesar da redução da área queimada, os incêndios ainda são recorrentes nas áreas da Suzano. Até outubro deste ano, foram registradas cerca de 1.500 ocorrências, com grande destaque para os incêndios em pilhas de madeira já colhidas.

Pela análise desses casos, considerando a forma como o fogo surge, a empresa constata que cerca de 90% dos casos são provocados por ação humana, ou seja, poderiam ter sido evitados.

Outro dado relevante é que o Espírito Santo concentra 60% de todas as ocorrências de incêndio registradas em áreas florestais da empresa, considerando todos os estados onde a Suzano tem operações (ES, BA, SP, MA e MS).

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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