Um ano após aquisição pela Nutrien, o que mudou na capixaba Casa do Adubo?
A MV Gestão Integrada foi a única startup capixaba premiada na última etapa da Aceleradora de Negócios Florestais, um dos principais programas de aceleração de startups sustentáveis, em São Paulo. Foram 122 startups inscritas no processo de aceleração, das quais 20 foram escolhidas para a primeira fase que consistia em apresentar um plano de crescimento empresarial. Na segunda fase do programa e após a mentoria personalidade, a MV foi premiada juntamente com outras quatro startups com um aporte de R$ 50 mil para auxiliar na implementação das atividades de restauração ambiental.
A MV Gestão Integrada é uma startup de Castelo e com escritório em Alegre, Muniz Freire e Guaçuí, no Espírito Santo, que desenvolve soluções de pagamento por serviços ambientais (PSA) para recuperação de áreas degradadas.
Além de atuar no engajamento do produtor rural, realiza visitas técnicas nas propriedades rurais e monitora essas áreas por pelo menos cinco anos.
Na semana que vem, a startup vai lançar uma plataforma que gerencia e remunera produtores rurais através de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O PSA é um instrumento que contempla produtores preocupados em preservar áreas e que adotam práticas agrícolas sustentáveis, focados na cobertura do solo e na agricultura regenerativa.
“A plataforma vem para aprimorar o que já fazemos há cinco anos de atuação. A solução surgiu para ser o primeiro sistema financeiro para gestão e pagamentos por serviços ambientais do Brasil. O pagamento do serviço ambiental é um mecanismo que reconhece financeiramente os produtores rurais que já estão preservando. Hoje, o estado já paga para o produtor que preserva, então nós trabalhamos com outras formas de reconhecer financeiramente o produtor rural que preserva”, explicou o sócio fundador Vinicius Santos Terra.
Nascida do Programa Reflorestar, a startup capixaba tem no portfólio 780 projetos em 31 municípios do Espírito Santo, totalizando 2.700 hectares sob gestão. Até março de 2024, a meta é alcançar 900 projetos. Sua maior atuação está na região do Caparaó Capixaba, e atualmente são mais de R$ 13 milhões em PSA sob gestão.
Avaliada em R$ 5,3 milhões, a startup deve encerrar o ano com faturamento de R$ 1 milhão. Os próximos planos incluem expandir sua atuação e ampliar o portfólio na região norte do país, para ter mais 200 hectares sob gestão, onde viu o potencial para desenvolvimento sustentável, através da transição para uma economia verde.
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