Luto no cacau: Waldemar Borges deixa seu legado para a cacauicultura capixaba
As exportações de café pelo Espírito Santo devem ultrapassar 4,8 milhões de sacas em 2023, é o que aponta o Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), entidade que representa os exportadores de café do estado. Esse número corresponde a um aumento de 109% em comparação com os embarques registrados em 2022. Estima-se que sejam enviadas 3,7 milhões de sacas de conilon, 670 mil sacas de arábica e 450 mil sacas de solúvel, gerando faturamento de mais de 770 milhões de dólares, o equivalente a R$ 3,7 bilhões (na cotação atual).
Na avaliação do presidente do CCCV, Fabrício Tristão, as exportações de café estão se aproximando de um patamar mínimo de 5 milhões de sacas anuais pelos portos capixabas.
Essa perspectiva indica que os próximos anos devem registrar volumes de embarques na mesma proporção ou possivelmente ainda maiores. O fortalecimento da cafeicultura no Espírito Santo e nas regiões vizinhas, acompanhado pelo aprimoramento da produção, fundamenta essa afirmação.
Cerca de 92% das exportações de café em 2023 foram conduzidas por empresas associadas ao CCCV, muitas das quais implementaram projetos próprios de certificação e rastreabilidade.
Integradas à plataforma pioneira de rastreabilidade desenvolvida pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) em parceria com a Serasa Experian.
Com essas medidas os exportadores capixabas já se organizam, em estágio bem avançado em relação aos outros países produtores, para atenderem aos padrões internacionais, produzindo e comercializando cafés com mais qualidade e cada vez mais sustentáveis.
Ao todo, os exportadores capixabas de café investiram nos últimos dois anos mais de R$ 1,5 bilhão em projetos industriais, novos armazéns de processamento de café e melhorias em estruturas já existentes. Um exemplo recente é a instalação de uma nova indústria de descafeinação de café em Sooretama, norte do Espírito Santo.
O presidente do CCCV destaca a reforma tributária como um dos principais desafios para os exportadores capixabas. Segundo ele, as mudanças propostas vão demandar uma maior sinergia entre as instituições do café com o objetivo de defender a redução da carga tributária, garantir a competitividade brasileira no mercado internacional e simplificar o recolhimento de tributos, mitigando o risco de fraudes.
Agora, os exportadores de café no Espírito Santo aguardam o início das operações do Contrato Futuro de Café Conilon pela B3, previsto para maio de 2024. Este mecanismo prevê mais liquidez e maior volume de negócios para os cafés conilon/robusta.
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