Nova iniciativa quer reduzir emissões de gases de efeito estufa no Espírito Santo
Com o frequente alerta de ondas de calor acima da média no Brasil, inclusive no Espírito Santo, a preocupação com a criação de gado ganha destaque e demanda precauções adicionais para prevenir impactos econômicos e minimizar o estresse nos animais. Até mesmo os bovinos não estão imunes aos efeitos prejudiciais das altas temperaturas, que afetam diretamente a saúde e o bem-estar do rebanho, resultando em prejuízos econômicos para as fazendas.
Entre as principais preocupações dos pecuaristas estão a redução do tempo de pastejo, levando a uma diminuição no consumo de forragem e, consequentemente,a uma queda na produção. O calor elevado também intensifica o consumo de água na fazenda, alterando a rotina dos animais e causando impactos econômicos diretos.
Renata Erler, especialista em Gestão Pecuária e Zootecnista, ressalta os desafios específicos enfrentados pelos pecuaristas durante os períodos de calor intenso. Segundo ela, a primeira consequência que os animais enfrentam com a onda de calor é a diminuição da alimentação adequada.
“Com o excesso de calor, o gado reduz o tempo de pastejo, o que resulta em um menor consumo de forragem, levando a menos ganho de peso ou menor produção de leite”, explica Erler.
Um dos principais indicadores de que o animal está sofrendo estresse térmico é o aumento do tempo de descanso diário.
“Os sinais de estresse térmico são claros no gado: aumento do tempo de descanso diário, permanência prolongada nos malhadouros e, no caso do gado leiteiro, vacas demonstrando ofegação, salivação excessiva e protrusão da língua em situações extremas”, esclarece.
Os impactos das ondas de calor podem ser minimizados quando os animais têm acesso a sombra, água de qualidade e, especificamente no gado leiteiro, sala de resfriamento e ajuste de dieta em situações extremas.
As medidas a serem adotadas com o gado durante o calor intenso não diferem muito das aplicadas aos seres humanos. Uma das dicas para reduzir o estresse do animal está no manejo em horários apropriados, priorizando a parte da manhã. Além disso, aumentar a oferta de água e disponibilizar sombra nas áreas de descanso também são atitudes importantes.
“Para o gado de corte, é crucial oferecer sombra nas áreas de descanso ou malhadouro. Isso também se aplica às vacas leiteiras, que demandam cuidados mais específicos. Mesmo em sistemas a pasto, é essencial providenciar uma sala de resfriamento na pré-ordenha, onde as vacas aguardam para serem ordenhadas enquanto recebem banhos de água, podendo ser proveniente de aspersores ou outra estrutura de aspersão”, acrescenta Erler.
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