Dez 2023
26
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Temperaturas extremas impactam o bem-estar animal

Entre as principais preocupações dos pecuaristas estão a redução do tempo de pastejo, levando a uma diminuição no consumo de forragem e, consequentemente,a uma queda na produção. O calor elevado também intensifica o consumo de água na fazenda, alterando a rotina dos animais e causando impactos econômicos diretos.

Renata Erler, especialista em Gestão Pecuária e Zootecnista, ressalta os desafios específicos enfrentados pelos pecuaristas durante os períodos de calor intenso. Segundo ela, a primeira consequência que os animais enfrentam com a onda de calor é a diminuição da alimentação adequada.

“Com o excesso de calor, o gado reduz o tempo de pastejo, o que resulta em um menor consumo de forragem, levando a menos ganho de peso ou menor produção de leite”, explica Erler.

Um dos principais indicadores de que o animal está sofrendo estresse térmico é o aumento do tempo de descanso diário.

“Os sinais de estresse térmico são claros no gado: aumento do tempo de descanso diário, permanência prolongada nos malhadouros e, no caso do gado leiteiro, vacas demonstrando ofegação, salivação excessiva e protrusão da língua em situações extremas”, esclarece.

Os impactos das ondas de calor podem ser minimizados quando os animais têm acesso a sombra, água de qualidade e, especificamente no gado leiteiro, sala de resfriamento e ajuste de dieta em situações extremas.

As medidas a serem adotadas com o gado durante o calor intenso não diferem muito das aplicadas aos seres humanos. Uma das dicas para reduzir o estresse do animal está no manejo em horários apropriados, priorizando a parte da manhã. Além disso, aumentar a oferta de água e disponibilizar sombra nas áreas de descanso também são atitudes importantes.

“Para o gado de corte, é crucial oferecer sombra nas áreas de descanso ou malhadouro. Isso também se aplica às vacas leiteiras, que demandam cuidados mais específicos. Mesmo em sistemas a pasto, é essencial providenciar uma sala de resfriamento na pré-ordenha, onde as vacas aguardam para serem ordenhadas enquanto recebem banhos de água, podendo ser proveniente de aspersores ou outra estrutura de aspersão”, acrescenta Erler.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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