Avanço do consumo de cafés especiais fomenta o surgimento de novos negócios no ES
O agronegócio brasileiro, que engloba a agropecuária, agroindústria, insumos, distribuição e outros serviços, é um dos setores mais importantes da economia do país, representando 25% do PIB. Em constante evolução e impulsionado pela inovação tecnológica, o agronegócio projeta para 2024 avanços significativos, desde a Internet das Coisas (IoT) até o Big Data. Mas quais são as tendências para o agronegócio em 2024? Para compreender as tendências desse cenário, a coluna Agro Business conversou com especialistas de empresas de tecnologia no Espírito Santo, como as capixabas Globalsys e a VipRede.
Embora não seja uma novidade, a Internet das Coisas (IoT) deve continuar desempenhando um papel importante na agricultura. A coleta de dados das lavouras e a automação das atividades são essenciais para a tomada de decisões estratégicas pelos produtores dentro da fazenda e os empresários rurais.
O uso de sensores, aliados à IoT, continuarão sendo indispensáveis para análises do solo e vegetação, contribuindo para o controle de pragas. Além disso, a Inteligência Artificial (IA) desempenha uma função valiosa na análise de informações no campo, proporcionando uma gestão mais inteligente e eficiente na produção agrícola.
Para Wallace Lovato, CEO da Globalsys, boutique capixaba de tecnologia, o processo de transformação digital é crescente em diversos segmentos e na agricultura não é diferente.
“A adoção de tecnologias digitais é vital para melhorar a eficiência, a produtividade e a sustentabilidade nas atividades agrícolas. Esse processo de transformação está revolucionando o setor agrícola, proporcionando benefícios significativos para agricultores, empresas e toda a cadeia produtiva”, explicou.
Lovato aponta tendências tecnológicas como essenciais na transformação digital de práticas agrícolas, como automação e robótica, machine learning, inteligência artificial, gestão de dados e analytics, além de melhoria da transparência e da rastreabilidade na cadeia de suprimentos agrícolas.
“A transformação digital na agricultura não apenas aumenta a eficiência e a produtividade, mas também desempenha um papel fundamental na sustentabilidade, permitindo práticas agrícolas mais responsáveis e adaptadas às mudanças climáticas. Essas tecnologias têm o potencial de impulsionar o setor agrícola para um futuro mais resiliente e inovador”, complementou Wallace Lovato, CEO da Globalsys.
A implementação de novas tecnologias também alcança as cooperativas, como a recente plataforma digital desenvolvida pela Globalsys para a Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha (Coocafé), que atua no Espírito Santo e em Minas Gerais. Com mais de 5 mil downloads e uma avaliação média de 4,6/5, o aplicativo é voltado para mais de 10.000 cooperados.
A simplificação das regras para o uso de drones na agricultura, sancionadas em maio de 2023 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), impulsiona ainda mais o uso desses equipamentos. Até 2026, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) estima que o número de veículos aéreos não tripulados na agricultura chegue a 93 mil.
O CCO da VipRede, Fabio Castro de Almeida, aponta que os drones vão continuar sendo um recurso muito utilizado no agronegócio nos próximos anos. Os equipamentos são utilizados para o monitoramento do campo, pulverização e aplicação de insumos, mas também para garantir imagens precisas e controle eficiente das operações agrícolas.
“Vivemos uma constante evolução tecnológica e ela está cada vez mais presente no mundo agro, que deve estar preparado para lidar com ameaças cibernéticas. Os sistemas de agricultura de precisão, por exemplo, drones e outros equipamentos, dependem fortemente de dados e conectividade. Isso cria uma maior necessidade de proteger essas informações”, explicou Fabio Almeida.
Segundo ele, as empresas têm adotado medidas como firewalls avançados, monitoramento constante de redes, além do investimento em especialistas em segurança para desenvolver soluções específicas e seguras. “Acredito que essa evolução continuará impulsionando o setor agro, proporcionando não apenas maior produtividade, mas também uma resposta mais ágil aos desafios”, concluiu Fabio Castro de Almeida, CCO da VipRede.
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