No primeiro semestre do atual ano-safra no Espírito Santo, a aplicação de crédito rural avançou 25,2%, impulsionado pelo lançamento do Plano de Crédito Rural em julho de 2023, fruto da parceria entre o Governo do Estado, a União e diversas instituições financeiras e representativas dos produtores rurais e pescadores. A comparação dos valores aplicados abrange o período de julho a dezembro de 2023 em relação ao mesmo intervalo do ano-safra anterior, que se estende de julho a junho, alinhando-se ao calendário das safras agrícolas no Brasil. Durante esses seis meses, foram aplicados cerca de R$ 4,4 bilhões de crédito rural no Espírito Santo, representando um aumento em relação aos R$ 3,51 bilhões aplicados de julho a dezembro de 2022.
O número de operações destinadas às diversas atividades agrícolas no estado também registrou um crescimento de 20,3%, passando de 20.583 para 24.754. Esses dados foram levantados pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), com base em informações do Banco Central.
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, ressaltou que o aumento observado no primeiro semestre é resultado do esforço conjunto de diversas instituições que atuam de maneira coordenada, visando impulsionar o desenvolvimento agropecuário e fortalecer a economia rural capixaba.
“Estamos acompanhando uma intensificação das aplicações de crédito rural neste ano-safra, que teve início em julho. Esse crescimento registrado no primeiro semestre é fruto de um esforço coletivo de diversas instituições que atuam de forma articulada e organizada, com os objetivos de estimular o desenvolvimento agropecuário e fortalecer a economia rural capixaba. O crescimento só não foi maior porque em dezembro faltaram recursos para taxas equalizadas pelo Governo Federal”, destacou o secretário.
Com o Plano de Crédito Rural em vigor para o Espírito Santo no ano-safra 2023/2024, a meta é atingir a aplicação de R$ 7,8 bilhões até junho de 2024, estabelecendo um recorde nos financiamentos para o setor agrícola capixaba.
Os governos Federal e do Estado contam com a colaboração das principais instituições financeiras, como Banco do Brasil, Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Caixa Econômica Federal, Sicoob ES, Banco do Nordeste e Sicredi.
Esse empenho já está refletindo nos produtores capixabas, conforme evidenciado pelo crescimento das aplicações em direção à meta estabelecida. No primeiro semestre, foram realizadas 24,7 mil operações, correspondendo a mais de 60% da meta anual de 40,6 mil contratos de crédito. Além disso, já foram alcançados 56,7% da meta de R$ 7,8 bilhões, mesmo faltando seis meses para o encerramento do ano-safra.
No contexto da agricultura familiar, o segundo semestre de 2023 registrou aplicações superiores a R$ 1,3 bilhão, representando um aumento de 38,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número de contratos realizados para a agricultura familiar também cresceu, totalizando 17,8 mil operações, um aumento de 24% em relação ao ano anterior.
De acordo com a Seag, a participação da agricultura familiar no crédito rural foi de 30% no valor total aplicado, respondendo por 72% das operações. Os bancos públicos foram responsáveis por aplicar 55% do valor total do crédito rural (R$ 2,4 bilhões), seguidos pelo agrupamento das cooperativas de crédito com 28% (R$ 1,2 bilhão) e pelos bancos privados com 17% (R$ 753,3 milhões).
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