Jan 2024
7
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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2024 deve ser mais um ano quente com temperaturas acima da média em várias partes do mundo

Em setembro, “a temperatura da superfície do mar na zona centro-leste do Pacífico equatorial apresentou magnitudes moderadas”, explica a organização, que salienta que as “temperaturas subsuperficiais do Pacífico equatorial oriental” foram “muito superiores à média”.

Segundo a organização, têm sido registrados “aumentos constantes da temperatura da superfície do mar” nos últimos quatro meses e “são esperados novos aumentos (embora mais fracos) destas temperaturas nos próximos meses, dependendo da intensidade e da natureza das alterações atmosférico-oceânicas”.

O especialista em clima da agência, Álvaro Silva, afirma que o El Niño contribuirá para um aquecimento ainda maior do planeta, com possibilidade de novos recordes de temperatura global.

“O impacto do El Ninõ na temperatura global, historicamente, é ainda mais acentuado no ano seguinte ao do seu desenvolvimento. Pelo que, é de se esperar que em 2024 tenhamos um ano com uma temperatura global mais alta ainda que em 2023, pelo menos do que é possível antecipar se considerarmos outros eventos do passado”, destacou.

Em relação a desastres e eventos extremos que podem ocorrer nos próximos meses, Silva destacou chuvas fortes e inundações, secas intensas e calor extremo. Segundo ele, as “precipitações acima do normal” deverão atingir a África Oriental, as bacias dos rios Paraná e La Plata, na América do Sul, o sudeste da América do Norte e partes da Ásia Central e Oriental.

Já as chuvas abaixo da média ocorrerão em grande parte do norte da América do Sul, “prolongando a seca que já existe nesta região”. A falta de chuvas também deve impactar grande parte da Austrália, Indonésia, Papua Nova Guiné, Filipinas e parte das ilhas do Oceano Pacífico.

No Espírito Santo, os meses de novembro e dezembro, considerados chuvosos, foram marcados por períodos com menos chuva no estado devido ao El Niño, e temperaturas acima da média durante todo o verão, que termina em março. Já os primeiros dias de 2024 foram marcados por chuvas em vários municípios capixabas, com a formação da primeira Zona de Convergência do Atlântico Sul do ano.

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