Jan 2024
14
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Em 2023, vencedor do concurso vendeu a saca de café a R$ 22,2 mil

Para esta edição, os produtores já reservaram seus lotes e depositaram no armazém designado pelo regulamento, totalizando 26 cafés inscritos. A classificação dos cafés fica a cargo de um grupo de oito juízes experientes, provenientes de diversas regiões do Brasil. Após a avaliação, ocorre o leilão dos 10 melhores cafés, alcançando valores surpreendentes.

Em 2023, o café campeão do concurso foi arrematado por R$ 22.200 mil. O primeiro colocado do certame foi o cafeicultor Júlio Cesar Lacerda do município de Dores do Rio Preto, no Córrego Forquilha do Rio, no Espírito Santo. Os grãos cultivados atingiram a marca de 89,46 pontos, sendo uma das pontuações mais altas conquistadas nos concursos do Conexão Caparaó.

A associação criou o concurso em 2017 pela necessidade de prestigiar e evidenciar a qualidade dos cafés produzidos na região do Caparaó, que abrange municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Maria Luiza Lacerda, uma das organizadoras do evento, destaca que o principal objetivo do Conexão Caparaó é promover a divulgação e comercialização dos cafés especiais dos produtores da região.

Para esta edição, são esperadas duas mil pessoas, superando as edições anteriores. “Nossa expectativa é bater o recorde de público, contando com o triplo de expositores em comparação com as edições anteriores. Teremos representantes de diversos setores, incluindo maquinários agrícolas, produtores e cooperativas locais. Essa participação é de suma importância para a movimentação econômica local, proporcionando novas oportunidades para os produtores”, explicou Lacerda.

Dentre os temas a serem abordados, estão estratégias para a alta produtividade nas lavouras de café e abordagens de venda dos cafés. Gustavo Victório, cafeicultor e palestrante do evento, abordará as atualizações do mercado de carbono na cafeicultura, destacando os avanços dos últimos anos. Em sua apresentação, Gustavo ressaltará as oportunidades para a sustentabilidade, ESG (Environmental, Social and Governance) e as mudanças legislativas, inclusive avanços em âmbito nacional.

“Trazendo para a realidade do Caparaó, tem um diferencial que as propriedades têm características únicas de serem pequenas e familiares, livres da utilização de grandes maquinários e de irrigação. Ao adotar práticas sustentáveis, como substituição de insumos químicos por organominerais e uso de energia solar, nossa cafeicultura pode alcançar a neutralidade de carbono e até mesmo se tornar carbono negativa. Isso não apenas evidencia a sustentabilidade, mas também agrega valor ao nosso produto”, destacou.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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