Jan 2024
17
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Exportações de café solúvel aumentaram 10,5% em 2023

Em novembro de 2021, o recorde de envios de café solúvel ao exterior ocorreu devido ao elevado número de cargas cujos embarques estavam represados nos meses anteriores por problemas logísticos e falta de contêineres. O desempenho de 2023 é atribuído a outros fatores.

A presença de novas empresas, como Café Cacique e Olam Coffee, que estabeleceram suas fábricas em Linhares, somando-se à já existente unidade da Realcafé em Viana, na Grande Vitória, contribuiu significamente para o cenário. Essa expansão fortaleceu o Espírito Santo como uma das principais frentes de exportação de café solúvel, elevando a capacidade instalada para processamento e exportação.

Em relação ao café em geral, o Espírito Santo registrou um aumento nas exportações em 2023 de 131% em comparação ao ano anterior. As exportações totalizaram 2,2 milhões de sacas de café em 2022, resultando em uma receita de US$ 411,8 milhões.

Em 2023, foram 5,1 milhões de sacas (arábica, solúvel e conilon), com uma receita de US$ 822 milhões, equivalente a R$ 4 bilhões. Destas, 4 milhões eram de conilon, 682 mil de arábica e 501 mil de solúvel.

Só em dezembro de 2023 o estado negociou 553.913 sacas de café a um preço médio de US$ 150,33, gerando uma receita total de US$ 83.270.057,78. Os 1.731 contêineres que deixaram o estado transportavam 36.546 sacas de café arábica, 451.081 de conilon e 66.266 de café solúvel.

O destaque vai para o conilon, com um aumento expressivo de 238,7% nas exportações em 2023. O volume embarcado passou de 1,1 milhão de sacas em 2022 para 4 milhões em 2023.

Jorge Nicchio, presidente do Sindicato do Comércio de Café do Espírito Santo (Sindicafé), atribui o aumento significativo no café conilon a partir de julho a dois motivos principais. Primeiro, pela capacidade da produção capixaba de conilon de compensar problemas de safra no Vietnã, maior produtor mundial da variedade, e a queda acentuada nos preços do arábica em comparação com 2022.

“Nesse período de julho, que é a entressafra com oferta menor, quando a produção diminui no Vietnã, o mercado internacional volta suas atenções para o Brasil, o segundo maior produtor de café conilon do mundo. Outro fator crucial foi a queda acentuada nos preços do arábica em comparação com 2022. O preço do arábica teve uma redução significativa, o que incentivou a indústria a aumentar a proporção de arábica em seus blends”, destacou Jorge Nicchio.

Ao longo de 2023, os principais países de destino para os envios de cafés de origem capixaba foram para os Estados Unidos, com o envio de 626.846 sacas (12,7%). Logo em seguida, o Reino Unido recebeu 515.438 sacas (9,93%), seguido pelo México, que importou 482.650 sacas (9,29%). A Bélgica figurou como outro mercado significativo, com 415.201 sacas (7,99%), enquanto a Indonésia recebeu 371.640 sacas (7,15%).

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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