Jan 2024
20
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Café assume a liderança como produto mais exportado em 2023

Os três principais produtos da pauta de exportações do agronegócio capixaba – complexo cafeeiro, celulose e pimenta-do-reino – alcançaram uma representatividade de 92,6% do valor total comercializado entre janeiro e dezembro de 2023.

A cafeicultura passou a ocupar o primeiro lugar na pauta de exportação capixaba em 2023, impulsionada especialmente pelo café conilon, que registrou aumento no volume de sacas exportadas. Dados do Centro de Comércio do Café de Vitória (CCCV) revelam que, ao longo de 2023, foram exportadas 4 milhões sacas de café conilon, enquanto foram exportadas 1,2 milhão de sacas em 2022.

Conforme noticiamos, além das exportações de conilon, o estado também embarcou o maior volume de café solúvel da história, com 501,7 mil sacas enviadas ao exterior em 2023.

“O complexo cafeeiro foi o grande destaque das exportações do agronegócio, consolidando o principal arranjo produtivo agrícola como o primeiro em geração de divisas, superando e muito as exportações de celulose. E o café conilon, presente em cerca de 50 mil propriedades rurais capixabas, foi o grande responsável por impulsionar esse resultado, visto que essa espécie representa mais de 77% do volume exportado do complexo cafeeiro do Espírito Santo. De todo o café conilon exportado pelo Brasil, cerca de 85% têm origem capixaba”, destacou o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli.

As maiores variações positivas no valor comercializado foram:

• Gengibre (+98,3%)
• Café cru em grãos (+58,5%)
• Carne bovina (+58,1%)
• Celulose (+12,4%)
• Café solúvel (+9,6%).

Porém, foi observada uma queda em produtos como:

• Carne de frango (-41,7%)
• Peixes (-40,6%)
• Mamão (-12,3%)
• Pimenta-do-reino (-7,9%)
• Chocolates e preparados com cacau (-5,2%)
• Álcool etílico (-3,7%).

Quanto ao volume comercializado, destacam-se variações positivas para café cru em grãos (+104,7%), carne bovina (+63,9%), pimenta-do-reino (+6%) e celulose (+6%). Por outro lado, foi registrada queda na quantidade exportada de carne de frango (-46%), peixes (-37,4%), mamão (-24,2%), gengibre (-9,3%), álcool etílico (-8,5%), chocolates e preparados com cacau (-7,3%) e café solúvel (-5,2%).

Ao longo do último ano, dez produtos se destacaram no valor comercializado, com o complexo cafeeiro liderando com US$ 1 bilhão (48,4%), seguido por celulose com US$ 775,5 milhões (36,3%), pimenta-do-reino com US$ 167,6 milhões (7,9%) e gengibre com US$ 37,6 milhões (1,8%). Outros produtos somaram US$ 33,1 milhões (1,55%).

O Espírito Santo consolidou sua posição como maior exportador brasileiro de pimenta-do-reino, gengibre e mamão, com participações de 66%, 57% e 40%, respectivamente. Além disso, superou o estado de São Paulo nas exportações de cafés, ocupando a segunda posição no ranking nacional de exportações totais de café e derivados.

Gengibre ultrapassa o mamão

Um destaque notável foi a inversão nas divisas geradas pelas exportações de gengibre em comparação ao mamão. Em 2022, o mamão liderou com receitas de US$ 24 milhões contra US$ 19 milhões do gengibre. Contudo, em 2023, essa dinâmica mudou, e o gengibre atingiu a cifra de US$ 37,6 milhões, superando os US$ 21 milhões do mamão.

O crescimento do gengibre no comércio exterior é destacado pela valorização significativa no cenário internacional, com um aumento de 118,7% no preço médio, passando de US$ 0,97 por kg em 2022 para US$ 2,12 por kg em 2023. Assim, o gengibre ascende como o quarto produto mais importante para o agronegócio capixaba, seguindo café, celulose e pimenta-do-reino.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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