Fev 2024
18
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Exportações brasileiras de mamão fecharam 2023 com queda de volume, mas alta de receita

No entanto, apesar do aumento na receita das exportações em janeiro deste ano, observa-se uma tendência de queda nos números em relação aos anos anteriores. Em janeiro de 2022, as exportações de mamão do Espírito Santo totalizaram US$ 3,2 milhões. No ano anterior, em janeiro de 2021, esse número foi ligeiramente superior, atingindo US$ 3,5 milhões. Já em janeiro de 2020, as exportações registraram um valor próximo, chegando a US$ 3,4 milhões.

No acumulado de 2023, as exportações brasileiras de mamão fecharam com uma queda de volume, mas uma alta na receita. Embora a quantidade enviada ao exterior tenha diminuído em 4,97% em comparação a 2022, totalizando 37,85 mil toneladas, o faturamento aumentou em 7%, alcançando US$ 53,07 milhões, um recorde histórico.

A receita aumentou mesmo com a queda dos envios porque a oferta global para o continente europeu, principal comprador do mamão brasileiro, continuou baixa, como nos meses anteriores. Assim, as cotações subiram. Consoante dados da European Comission, em 2022, 90% das importações do bloco europeu vieram do Brasil.

José Roberto Macedo Fontes, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), destaca que 2023 apresentou uma receita superior, embora com um volume ligeiramente menor em comparação a 2022. Isso se deve em parte ao esforço para ajustar os preços internacionais e lidar com os crescentes custos de produção.

“Nós tivemos que batalhar muito para um ajuste no preço internacional, para suportar o aumento do custo da produção, o que resultou neste valor superior também em janeiro de 2024. Mas, infelizmente, os custos para os exportadores são estratosféricos”, explicou Fontes.

A redução no quantitativo enviado ao exterior tem a ver com a menor área para a produção devido aos baixos investimentos nos anos anteriores (anos relacionados à pandemia) e chuvas em algumas localidades exportadoras no primeiro semestre (que provocaram o aparecimento de doenças fúngicas), somados ao tempo mais seco no segundo semestre, que tornou propício o surgimento de ácaros nas regiões produtoras baianas e capixabas.

Para os próximos meses, é esperado um aumento no volume embarcado, pois investimentos realizados no final de 2023 e início de 2024, juntamente com a redução nos custos dos insumos, como sementes de mamão formosa, devem impulsionar a produção.

Os dados consolidados de 2023 mostram que o Espírito Santo liderou as exportações de mamão do Brasil, sendo responsável por 38% das exportações, seguido do Rio Grande do Norte (33%), Paraíba (10%) e Bahia (11%). O destino principal foi a Europa, principalmente Portugal (28%), Espanha (18%) e Reino Unido (13%).

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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