Feira de negócios da Cooabriel será ampliada e acontecerá em julho em São Gabriel da Palha
A Suzano, maior produtora mundial de celulose, encerrou 2023 com um investimento de R$ 18,6 bilhões, o maior desembolso anual realizado em sua história. O ano passado foi marcado por uma redução nos preços médios da celulose, por uma evolução no desempenho das operações florestais e industriais. Sobretudo com a ampliação da base florestal e o avanço das obras do Projeto Cerrado, que inclui a maior linha única de produção celulose do mundo e envolve um investimento de R$ 22,2 bilhões. No Espírito Santo, a companhia anunciou investimento de R$ 1,17 bilhão para a construção de uma fábrica de papel tissue e na substituição de uma caldeira de biomassa em um dos complexos fabris de produção de celulose, localizado em Aracruz.
Como resultado, a companhia totalizou uma geração de caixa operacional de R$ 11,6 bilhões em 2023. A receita líquida somou R$ 39,8 bilhões e o EBITDA ajustado totalizou R$ 18,3 bilhões. Na última linha do balanço, a empresa registrou resultado líquido positivo de R$ 14,1 bilhões.
O custo caixa de produção de celulose, sem paradas, apresentou evolução contínua com sucessivas quedas ao longo do ano e fechou o ano a um patamar de R$ 816 por tonelada no último trimestre. A comercialização de celulose, insumo utilizado na fabricação de produtos sanitários e absorventes, papéis para imprimir e escrever, embalagens e papéis especiais, desenvolvidos a partir do cultivo do eucalipto, movimentou 10,2 milhões de toneladas. As vendas de papéis, por sua vez, totalizaram 1,3 milhão de toneladas.
“Nosso ciclo de investimentos, que inclui o maior desembolso anual da nossa história, em 2023, totalizou mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2023, e investiremos mais R$ 16,5 bilhões em 2024. Paralelamente, mantivemos uma sólida geração de caixa e conseguimos preservar nossa dívida líquida no saudável patamar de US$ 11,5 bilhões, refletindo nosso compromisso com o crescimento estratégico e a disciplina financeira”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano.
Principal iniciativa do atual plano de investimentos da Suzano, o Projeto Cerrado entrará em operação até junho de 2024. Localizada no município de Ribas do Rio Pardo (MS), a nova fábrica vai adicionar 2,55 milhões de toneladas de celulose à capacidade instalada da companhia, atualmente da ordem de 10,9 milhões de toneladas de celulose ao ano.
Outros importantes investimentos realizados pela Suzano no decorrer de 2023 incluem a aquisição dos ativos de Tissue da Kimberly-Clark no Brasil, a ampliação de sua base florestal e fundiária e modernizações nas Unidades Jacareí (SP) e Aracruz (ES) e em terminais portuários.
A companhia também anunciou investimentos na construção uma fábrica de papel Tissue em Aracruz e em um projeto para quadruplicar, em Limeira (SP), a capacidade de produção de celulose Fluff, matéria-prima utilizada em produtos absorventes e de higiene pessoal como fraldas infantis e adultas e absorventes femininos.
No Espírito Santo, a Suzano anunciou investimento de R$ 1,17 bilhão em uma nova onda de modernização da Unidade de Aracruz. Segundo a empresa, serão destinados R$ 650 milhões na construção de uma fábrica de papel Tissue e mais R$ 520 milhões na substituição de uma caldeira de biomassa em um dos maiores complexos fabris de produção de celulose da companhia, localizado no município capixaba.
A fábrica de Tissue, produto utilizado na confecção de itens de higiene e limpeza como papel higiênico, guardanapo, papel toalha e lenços umedecidos, terá capacidade para produzir 60 mil toneladas, além de duas linhas de conversão do material em papel higiênico. O projeto levará dois anos até estar concluído e ampliará a capacidade instalada da unidade de Bens de Consumo da Suzano para 340 mil toneladas anuais.
Um outro projeto envolve a paulista Adufértil, uma das líderes em fertilizantes no Brasil. A empresa anunciou no final do ano um investimento de R$ 65 milhões em uma fábrica misturadora de fertilizantes em Aracruz que atenderá bases florestais da Suzano em todo o país. A indústria de fertilizantes também passará a utilizar o Portocel– terminal multipropósito em Aracruz que tem a Suzano e a Cenibra como sócios– para importar até 180 mil toneladas de matéria-prima por ano para abastecer suas plantas no Espírito Santo e em São Paulo.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória