Agropecuária no Espírito Santo recuou 7,2% em 2023
Nesta semana, o Espírito Santo ganhou novas unidades de referência vinculadas ao Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes). Localizadas nos municípios de Muqui, Irupi, São José do Calçado e Alto Rio Novo, as unidades foram instituídas pelo Incaper durante a abertura do Seminário Inovação e Tecnologia de Cafés, em Alto Rio Novo. O investimento de R$ 900 mil na estruturação dessas unidades inclui a aquisição de equipamentos para a torra dos grãos e análise sensorial da bebida.
A iniciativa também atualiza as atribuições do Cecafes, situado na Fazenda Experimental do Incaper em Venda Nova do Imigrante, e da unidade de referência de Linhares, instalada no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPDI) Norte. Cerca de R$ 900 mil foram investidos na estruturação das unidades de referência, que contam com equipamentos para realização de torra dos grãos e análise sensorial da bebida.
As unidades contam com equipes qualificadas que vão oferecer aos cafeicultores gratuitamente o serviço de análise sensorial de amostras de cafés, além de capacitação para processamento dos grãos e preparo da bebida com foco na produção de cafés de alta qualidade. Além disso, darão suporte aos municípios das regiões em que estão inseridas para realização de concursos de cafés especiais, feiras e eventos.
“A criação de unidades de referência em regiões estratégicas do estado amplia o alcance das atividades do Cecafes, regionalizando as ações desenvolvidas para promover a qualidade e a competitividade dos cafés do Espírito Santo. Buscamos a excelência na produção de cafés especiais, para que o nosso Estado se consolide como referência nessa área”, destacou Franco Fiorot.
Para ter acesso aos serviços do Cecafes e das unidades de referência, os produtores são orientados a buscar os escritórios locais do Incaper em seus respectivos municípios.
“Os escritórios ajudam a encaminhar as amostras para análise e repassam os resultados da avaliação. A partir disso, os extensionistas dos escritórios também podem orientar o produtor em algum processo de colheita e pós-colheita que pode ser ajustado para melhorar a qualidade do café dele”, explica o coordenador do Cecafes, Douglas Gonzaga.
As unidades de referências de cafés especiais foram instituídas, durante o Seminário de Inovação e Tecnologia de Cafés de Alto Rio Novo. Ele foi realizado para apresentar tecnologias inovadoras para a cafeicultura, desde o cultivo até a colheita, processamento e qualidade da bebida.
O Espírito Santo ocupa uma posição de destaque na produção brasileira de café, sendo o segundo maior produtor e com expressiva produção de conilon e arábica. Atualmente, cerca de 75 mil famílias vivem da cafeicultura.
O estado acumula três indicações referentes ao café, sendo elas: Caparaó, Montanhas Capixabas e Café Conilon. Os cafés que têm o selo ganham mais competitividade no mercado, inclusive, no internacional. Os benefícios são perceptíveis para quem consome e para quem vende por ser uma certificação de garantia de um produto de qualidade.
Desde 2023, o estado implementou um Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura para aumentar a produtividade, promover a sustentabilidade ambiental e expandir a produção de cafés de alta qualidade. Com metas ambiciosas até 2030, espera-se que o Espírito Santo alcance uma média de 60 sacas por hectare no conilon, 35 sacas por hectare de café arábica, em comparação com as atuais 21,4 sacas por hectare. Em relação aos cafés superiores, o objetivo é produzir, até 2030, 4 milhões de sacas de café, sendo 2,5 milhões de sacas de arábica e 1,5 milhão de sacas de conilon.
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