Espírito Santo ganha novas unidades de referência em cafés especiais
No primeiro bimestre de 2024, as exportações de café do Brasil ao exterior cresceram 44,9%, somando 7,654 milhões de sacas. O rendimento do volume exportado foi de US$ 1,574 bilhão, marcando um aumento de 39,3% em relação aos dois primeiros meses de 2023. Entre essas exportações, os cafés de qualidade superior ou certificados por práticas sustentáveis representaram uma fatia de 20,5% das exportações totais brasileiras no primeiro bimestre de 2024, com a remessa de 1,571 milhão de sacas. De acordo com dados do Cecafé, esse volume representa um aumento de 44,7% frente ao registrado nos dois primeiros meses de 2023.
Em janeiro e fevereiro deste ano, o café arábica foi o mais exportado, com 6,076 milhões de sacas, representando 79,38% do volume total e representando um aumento de 35% na comparação com o primeiro bimestre do ano passado.
Por sua vez, a variedade canéfora apresentou um crescimento de 531,4% em relação ao mesmo intervalo em 2023 e representatividade atual de 13,47%, com 1,031 milhão de sacas embarcadas no período.
Na sequência, vêm o segmento do café solúvel, com 542,4 mil sacas – queda de 11,3% e 7,09% do total – e o do produto torrado e torrado e moído, com 4.593 sacas (-11,3% e 0,06% de representatividade).
“Tivemos o melhor fevereiro na história para as exportações de conilon e robusta, com 570.361 sacas, o que também gerou o recorde nos embarques de canéforas no primeiro bimestre”, ressalta o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira.
Segundo ele, o desempenho reflete a atratividade desses cafés brasileiros no mercado internacional, cenário que se observa desde o ano passado. “O conilon e o robusta do Brasil estão com preços mais competitivos que os concorrentes e temos disponibilidade do produto, que vêm ocupando os espaços deixados pelas quebras de safra de Vietnã e Indonésia, primeiro e terceiro maiores produtores mundiais da variedade”, explica.
Enquanto isso, o preço médio dos cafés diferenciados foi de US$ 227,15 por saca, gerando uma receita cambial de US$ 356,9 milhões, o que representa 22,7% do obtido com os embarques totais de café no bimestre. No comparativo anual, o valor é 29,5% superior ao registrado nos mesmos dois meses do ano passado.
O maior percentual é de envio de café arábica para o exterior, com 1,520 milhão com um preço médio de US$ 229,07 por saca, e 19,9% de participação nas exportações e movimentando US$ 348,3 milhões. Já os robustas diferenciados somam 50,2 mil sacas ao exterior, a um preço médio de US$ 169,26, com a participação de 0,7% e gerando uma receita de US$ 8,5 milhões.
No ranking dos principais destinos dos cafés diferenciados no primeiro bimestre de 2024, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, com a aquisição de 455.803 sacas, o equivalente a 29% do total desse tipo de produto exportado.
Fechando o top 5, aparece Alemanha, com 283.875 sacas e representatividade de 18,1%; Bélgica, com 146.802 sacas (9,3%), Holanda (Países Baixos), com 84.010 sacas (5,3%); e Japão, com 80.101 sacas (5,1%). Os 10 maiores países importadores de cafés diferenciados representam 82,8% dos embarques de diferenciação.
O volume de 1,571 milhão de sacas de cafés diferenciados enviadas ao exterior no primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) representa 44,7% frente ao registrado nos dois primeiros meses de 2023, quando foram enviados 1,085 milhão.
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