Mar 2024
23
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Mar 2024
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Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

Comparação foi feita com o mesmo período no ano de 2023 e representa a sexta alta consecutiva

Praticamente todos os segmentos da agroindústria experimentaram um impulso nas atividades. Nas indústrias de produtos alimentícios, observou-se um crescimento na produção de 4,9% no mês, impulsionando o avanço geral das agroindústrias. Enquanto isso, nas agroindústrias não-alimentícias, houve um avanço de 2,4% na atividade.

O aquecimento na produção agroindustrial teve início no terceiro trimestre de 2023 e continuou no início de 2024. Nesse sentido, destaca-se especialmente o desempenho positivo do setor de produtos alimentícios e bebidas, que vem contando com o bom desempenho do setor primário e pelo aumento do consumo.

Contudo, outros segmentos têm mostrado sinais de recuperação nos últimos meses, contribuindo para o resultado positivo da agroindústria, como setores de insumos agropecuários e produtos florestais. Diante desse cenário, o setor agroindustrial vem apresentando, de forma recorrente, melhores resultados do que a indústria de transformação.

Um dos destaques desse cenário é o aumento de 10,2% nas indústrias de bebidas em comparação com janeiro de 2023. Esse aumento foi impulsionado tanto pela produção de bebidas alcoólicas (9,4%) quanto, especialmente, de bebidas não-alcoólicas (10,9%). Os pesquisadores da FGV atribuíram essa alta, em parte, às temperaturas mais elevadas do que o esperado, que estimularam as vendas e a produção do setor.

No segmento de Produtos Alimentícios, houve uma expansão de 3,8%, marcando a décima primeira alta interanual consecutiva. Esse crescimento foi generalizado, com destaque para Alimentos de Origem Vegetal (3,2%) e Alimentos de Origem Animal (1,8%).

Por fim, o segmento de Produtos Não-Alimentícios registrou uma expansão de 2,4% em janeiro de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando uma trajetória de recuperação após um período de quedas consecutivas. Este crescimento foi impulsionado por diversos setores, com exceção notável do setor de Biocombustíveis, que registrou uma queda de 7,3%. No entanto, é importante observar que, em 2023, o setor de Biocombustíveis teve um crescimento robusto, e a base de comparação é significativa.

Os setores de Insumos Agropecuários e Produtos Florestais se destacaram como os principais impulsionadores do segmento de Produtos Não-Alimentícios, registrando aumentos significativos de 4,8% e 3,4%, respectivamente. Esses resultados são consideráveis, considerando que o ano anterior foi marcado por uma baixa produção nesses setores, com estoques elevados.

Vale destacar que a alta do mês foi derivada do aumento da produção de adubos e fertilizantes e defensivos agrícolas. Quanto à indústria de produtos florestais, por sua vez, teve uma expansão de 3,4%, após 13 meses de contrações. A alta desse segmento foi puxada pelo aumento da produção de madeira e de papel, enquanto a produção de celulose contraiu.

A produção agroindustrial começou a aquecer no terceiro trimestre de 2023 e continuou nessa trajetória no início de 2024, como evidenciado pela série de variação interanual. O bom desempenho está vindo, sobretudo, do segmento de produtos alimentícios e bebidas tem sido o principal motor desse crescimento, impulsionado pelo aumento na produção do setor primário e pelo crescimento do consumo, o segmento de Produtos Não-Alimentícios também tem demonstrado uma recuperação nos últimos meses.

Essa recuperação, especialmente nos setores de Insumos Agropecuários e Produtos Florestais, tem contribuído para os resultados positivos da agroindústria, que tem consistentemente superado a indústria de transformação em termos de desempenho. Em janeiro de 2024, por exemplo, a agroindústria registrou um aumento de 3,9%, enquanto a indústria de transformação cresceu a uma taxa ligeiramente menor, de 3,1%.

O setor da agroindústria no Espírito Santo está experimentando um crescimento, vinculado à transformação de diversas matérias-primas provenientes da agricultura, pecuária, aquicultura e silvicultura. Segundo dados do IBGE, ao compararmos o período de 10 anos entre 2007 e 2017, observa-se que a indústria agroalimentar no estado registrou um aumento significativo de 44,4% no Valor da Transformação Industrial (VTI).

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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