Produção da agroindústria teve alta de 3,9% em janeiro
O envio de mamão para o exterior registrou um aumento de 14% no primeiro bimestre de 2024, mantendo o Espírito Santo como o principal estado exportador do Brasil. Durante esse período, foram exportadas 6,71 mil toneladas do fruto. O faturamento também apresentou uma elevação, alcançando US$ 8,48 milhões, um aumento de 5,84% em relação ao primeiro bimestre de 2023. No Brasil, o volume aumentou 16,5% em relação a fevereiro de 2023 e caiu 3,31% na comparação com janeiro de 2024. No Espírito Santo, o faturamento alcançou US$ 4 milhões no primeiro bimestre de 2024, com um volume de 2,9 mil toneladas exportadas. Em contraste, no mesmo período do ano anterior, o faturamento foi de US$ 2,9 milhões, com um volume de 2 mil toneladas enviadas ao exterior.
No Brasil, houve um aumento de 16,5% no volume exportado em fevereiro de 2023, porém, em comparação com janeiro do mesmo ano, houve uma queda de 3,31%.
Segundo a Conab, mesmo com os problemas decorrentes das chuvas no sul baiano e norte capixaba, as perspectivas são promissoras para o ano, especialmente para o mamão papaya cultivado em regiões como Rio Grande do Norte e o Ceará, com plataformas voltadas às vendas externas.
O surgimento de novas plantações de mamão, estabelecidas em 2022, aliado à sólida demanda europeia, trazem boas perspectivas para os produtores. Os principais estados exportadores foram o Espírito Santo (43%), Rio Grande do Norte (36%), Paraíba (8%) e Bahia (6%), sendo a Europa o principal destino, com destaque para Portugal (29%), Espanha (16%), Reino Unido (16%), Países Baixos (8%), Alemanha (7%) e Estados Unidos (6%).
Quanto às cotações de mercado do mamão, observou-se uma tendência de elevação em algumas Ceasas, como no Rio de Janeiro (6,12%) e Vitória (14,67%), enquanto houve quedas em Goiânia (-18,99%), Brasília (-9,4%) e Fortaleza (-14,81%). A média ponderada das Ceasas analisadas registrou uma diminuição de 3,77% nas cotações.
Em relação às quantidades comercializadas, houve uma queda na maioria dos entrepostos atacadistas em relação a janeiro, destacando as reduções no Rio de Janeiro (-19%), Vitória (-12%), Fortaleza (-18%), e aumentos em Belo Horizonte (80%) e Goiânia (37%). Comparado a fevereiro de 2023, as elevações foram gerais, com destaque para São Paulo (44%), Belo Horizonte (61%) e Rio de Janeiro (93%).
Após uma queda nas cotações em janeiro, fevereiro foi marcado por oscilações de preços e quantidades. Na primeira quinzena do mês, a demanda foi fraca devido ao feriado de Carnaval, resultando em um aumento na oferta e pressionando para a queda das cotações na maioria dos entrepostos atacadistas.
As chuvas intensas no sul da Bahia e norte do Espírito Santo, aliado ao calor na região, aceleraram o amadurecimento dos frutos, causando perdas em algumas plantações e uma diminuição na qualidade por causa de doenças fúngicas, como antracnose, mosca das frutas e pinta preta, além da presença de gomose, doença que ataca a parte inferior da planta e que pode multiplicar sob solo encharcado.
Após o carnaval, a oferta diminuiu gradualmente e a qualidade aumentou em alguns carregamentos, acompanhada de uma leve melhora na demanda. No entanto, o fim do mês viu uma queda na demanda devido ao menor poder aquisitivo dos consumidores. Mais chuvas contribuíram para deteriorar ainda mais a qualidade de vários lotes de mamão, provocando diversos descartes nas plantações, o que reduziu ainda mais a oferta e impulsionou as cotações.
Para março, é esperada uma menor oferta devido à continuidade das chuvas nas principais regiões produtoras, o que pode resultar em cotações mais elevadas. O Espírito Santo liderou os carregamentos para as Ceasas, com 11,8 mil toneladas, seguido por praças baianas como Porto Seguro e a região exportadora de Mossoró, com outras praças menores contribuindo para o fluxo de produtos.
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