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O governo do Espírito Santo anunciou o lançamento do Programa de Desenvolvimento da Agricultura Familiar com ações voltadas à agricultura familiar até 2027. Ontem (04) foi anunciado o investimento de R$ 102 milhões para o desenvolvimento de 23 projetos, que já estão em andamento, em 11 eixos estratégicos para beneficiar cerca de 80 mil propriedades familiares no estado.
O Programa Vida no Campo tem a missão de promover o desenvolvimento da agricultura familiar por meio de tecnologias sustentáveis com foco na inclusão social e no desenvolvimento regional equilibrado e no fortalecimento das atividades geradoras de emprego e renda no campo.
Os eixos são: sistemas de produção sustentáveis; juventude rural e sucessão familiar; educação no campo; gênero e inclusão; desenvolvimento agrário; comercialização e mercados; agroindústria e empreendedorismo rural; assistência técnica e extensão rural; fortalecimento da pesca artesanal; crédito rural; infraestrutura rural.
Cerca de 81 mil famílias no Espírito Santo vão poder ser beneficiadas. De acordo com a Seag, o estado tem 108.014 propriedades rurais, das quais 75% são de agricultura familiar (81 mil).
A cada quatro estabelecimentos rurais do Espírito Santo, a agricultura familiar está presente em três, sendo uma importante fonte de renda no campo e contribuindo para a produção de alimentos em todo o Brasil. A área ocupada pela agricultura familiar no Espírito Santo é de 1 milhão de hectares (33%), de acordo com o Censo Agropecuário.
Somente na cafeicultura, atividade mais presente nas propriedades rurais do estado, a agricultura familiar está inserida em 78% dos estabelecimentos com produção de café.
“É um programa completo em todas as frentes, visando gerar lucratividade de forma eficiente para os produtores, dentro de um modelo adaptado para a agricultura familiar. Portanto, buscamos produzir produtos diferenciados, seja para produção agroecológica, orgânica, e visando conquistar novos mercados. A realidade do pequeno agricultor é produzir renda em pequenos espaços, e é nisso que estamos focados. A agricultura familiar vai além de ser apenas uma produtora de alimentos no Espírito Santo; ela desempenha um papel fundamental na geração de divisas, uma vez que boa parte de nossos produtos exportados provém dela”, explicou o secretário Enio Bergoli.
A agricultura familiar no Espírito Santo é responsável por boa parte dos produtos capixabas exportados. Cerca de 96% do abacaxi provém da agricultura familiar, além de 92% do gengibre, 60% da pimenta-do-reino, 57% do café arábica e 51% do conilon.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, esteve no lançamento do programa de agricultura familiar. O programa capixaba também está ligado a iniciativas do governo federal.
“Estamos conectando ambos os planos, do governo federal com o estadual, na área de financiamento para agricultura, de assistência técnica, de compras públicas, de reforma agrária, de demarcação, de regularização fundiária. Nós achamos que o desafio hoje é fazer com que o crédito chegue um pouco mais para aquele agricultor que não consegue acessar no banco. Nós precisamos estender a cobertura de assistência técnica e em função das mudanças climáticas, das mudanças na agricultura de natureza científica, nós precisamos fazer com que o pequeno tenha assistência técnica”.
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