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Os produtores e exportadores de mamão estão enfrentando desafios em 2024. Apesar do Espírito Santo ser o maior exportador de mamão e o segundo maior produtor do Brasil, o estado tem enfrentado um período de escassez da fruta no mercado, o que faz o preço subir consideravelmente. O quilo da fruta já está sendo comercializado a R$ 9,00. A falta da fruta no mercado é causada por fatores climáticos no mês de novembro de 2023 a janeiro deste ano, quando as temperaturas muito elevadas e a extensa estiagem causaram o abortamento das flores nos mamoeiros e trouxeram prejuízos para a cultura do mamão.
Nesta semana, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex) divulgou uma nota técnica justificando a falta do fruto no mercado, o que faz o preço subir consideravelmente. A variedade havaí tipo 12 no norte do Espírito Santo está sendo comercializada a R$ 9,00 o quilo no início de abril e no início de março estava em R$ 2,36 o quilo.
“Com os preços elevados do mamão, o produtor consegue ter uma boa margem, porém o consumo da fruta tem a tendência de queda. O consumidor costuma dar preferência para outras frutas tropicais e demora um pouco mais para voltar a consumir o mamão”, explicou o presidente da Brapex, José Roberto Macedo Fontes.
Apesar do papaya ser uma fruta de clima tropical, as temperaturas médias ideais ficam em torno de 27°C. Assim, temperaturas muito elevadas, como ocorrido neste período citado, tem como consequência o abortamento de flores no mamoeiro. As alterações não são exclusivas para a variedade havaí, afetando também a variedade formosa.
“Isto provoca a não produção de frutos nesta porção da planta, onde as flores foram abortadas, gerando o chamado “pescoço”, bem como altera os calibres dos frutos produzidos nesta porção. Logo, após 4 a 4,5 meses de colheitas ininterruptas, período necessário da flor à colheita, neste momento chegamos a esta porção da planta, onde a produção decresce vertiginosamente”, acrescentou Fontes.
Os impactos das altas temperaturas e da estiagem no Espírito Santo nos meses de novembro de 2023 a janeiro deste ano, reduziram significativamente o volume de frutos disponibilizados para venda, refletindo em uma queda no volume ofertado, além de uma despadronização dos frutos.
A falta do mamão tem sido notada nos mercados consumidores brasileiro e estrangeiro. Fato este que deve perdurar pelas próximas semanas. A previsão da Brapex é que leve entre 40 e 60 dias para que a falta da fruta se normalize.
O Espírito Santo se destaca na produção e exportação de mamão, sendo o maior exportador e o segundo maior produtor do Brasil. Em 2022, o estado produziu 426 mil toneladas da fruta, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano passado, o valor da produção capixaba do produto ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão.
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