No primeiro trimestre de 2024, as exportações de café solúvel pelo Espírito Santo somaram 129.721 mil sacas, um aumento de 85% em relação ao mesmo período do ano anterior. Isso gerou um movimento financeiro de US$ 23,3 milhões (R$ 119,9 milhões na cotação atual), um acréscimo de 83,4% em comparação com os mesmos meses de 2023. A chegada de novas empresas no Espírito Santo, como OFI (antiga Olam) e Café Cacique, contribuiu de forma significativa para este cenário de expansão, conforme mencionado pelo presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória, Fabrício Tristão, durante o 6° Encontro Agro Business.
No primeiro trimestre (janeiro, fevereiro e março) de 2023, as exportações de solúvel totalizaram 70.050 mil sacas, equivalente a US$ 12,7 milhões. Já no mesmo período de 2024, houve um aumento, com 129.721 sacas exportadas, representando um faturamento de US$ 23,3 milhões.
Em relação ao volume total das exportações de café, no decorrer do primeiro trimestre de 2024, o Espírito Santo exportou 1,9 milhão de sacas de café. Com um preço médio de US$ 174,68 por saca, essas exportações geraram uma receita de US$ 344,7 milhões.
Desse montante, 1,7 milhão de sacas eram de conilon, 140 mil sacas de arábica e 129 mil de solúvel. O destaque foi para o aumento dos envios de café conilon, geralmente utilizado na indústria de café solúvel e em blends com o café arábica.
Fabrício Tristão, presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória, destaca que a chegada de novas empresas no Espírito Santo, como Café Cacique e OFI (antiga Olam), somadas às já estabelecidas como a unidade da RealCafé em Viana, contribuiu para o cenário de expansão das exportações de solúvel.
“Historicamente, tínhamos apenas a RealCafé aqui, mas nos últimos três anos, tanto a Café Cacique quanto a OFI (antiga Olam) começaram suas operações. Embora a OFI tenha iniciado suas operações no final do ano passado, ainda está em processo de comissionamento. Estamos otimistas de que esses números continuarão a crescer nos próximos anos. Enquanto a exportação como um todo de café solúvel no Brasil não teve aumento significativo, no Espírito Santo observamos um crescimento importante, principalmente devido à entrada dessas empresas”, destacou Tristão.
Esse cenário coloca o Espírito Santo como uma das principais frentes de exportação de café solúvel do Brasil, ampliando a capacidade de processamento e exportação. O Brasil exportou aproximadamente 879.362 mil sacas de solúvel no primeiro trimestre.
Tristão foi um dos palestrantes da sexta edição do Encontro Agro Business, no painel “O futuro do café”, ao lado do Bruno Giestas, diretor Comercial da RealCafé, e do Ricardo Bamberg, Analista de Commodities da B3. O evento foi realizado na última quinta-feira (11), em Linhares, e reuniu mais de 300 empresários e lideranças do agronegócio nacional e capixaba.
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