Bananeira com três cachos de uma vez chama atenção em Linhares, no Espírito Santo
O Brasil é o maior produtor mundial de café e uma origem importante para os Estados Unidos, o maior consumidor. Nesse contexto, o Espírito Santo, um dos principais estados produtores de cafés especiais do Brasil, têm chamado a atenção por seus processos de produção sustentáveis, desde o plantio ao produto final. Nesta semana, uma delegação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos esteve no Espírito Santo para uma imersão em regiões produtoras de café arábica e conilon. Durante a visita, eles exploraram propriedades nas áreas de cultivo de café conilon no noroeste capixaba, bem como de arábica nas regiões sul e serrana.
A comitiva internacional ficou no Espírito Santo até ontem (27) e visitou propriedades que produzem café conilon no noroeste do Estado e arábica nas regiões sul e serrana. O itinerário incluiu visitas a importantes instituições do setor, como o Grupo Tristão, na fábrica da Real Café, a Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel) – maior cooperativa de café conilon do Brasil-, e o Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes), em Venda Nova do Imigrante.
No primeiro dia, o secretário da Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli, e subsecretário Michel Tesch, receberam o especialista da United States Department of Agriculture (USDA), Joseph Degreenia, além da especialista do Office of Agricultural Affairs (OAA), Marcela Formiga.
Eles são responsáveis pelo diálogo e estreitamento das relações entre Brasil e Estados Unidos, nas questões relacionadas à agricultura e na identificação de oportunidades de comércio.
No mesmo dia, foram visitadas as empresas: Grupo Tristão e à fábrica da Real Café, às fazendas de café arábica nos municípios de Viana, Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante.
Enio Bergoli aponta que a visita reforça o bom exemplo que os capixabas estão dando para o mundo e o interesse na importação do café capixaba.
“O Brasil é o maior produtor de café do mundo e o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo, implantado pelo Governo do Estado, se tornou referência em nível internacional. Essa visita reforça o interesse dos Estados Unidos em importar o café do Espírito Santo, que se tornou referência também pelo processo de produção sustentável, considerando desde a qualidade do grão colhido no pé, até o sabor do café na boca”, ressalta Bergoli.
Além das visitas a propriedades e empresas, a programação incluiu a exploração de áreas de pesquisa agropecuária, extensão rural, indústrias, cooperativas e empresas exportadoras.
O foco principal ficou nas oportunidades de ampliação do conhecimento em relação à produção e ao processo de cultivo dos cafés especiais de origem capixaba, com o foco principal nas Indicações Geográficas (IG): Montanha, Caparaó e Conilon.
Em 2023, o Espírito Santo exportou 5,1 milhões de sacas de café, movimentando US$ 823 milhões, o equivalente a R$ 4,2 bilhões na cotação atual. Ao todo, o estado exportou 4,0 milhões de sacas de café conilon, 682 mil de arábica e 501 mil de café solúvel. Os principais destinos dos cafés capixabas foram os Estados Unidos (12,07%), Reino Unido (9,93%), México (9,29%), Bélgica (7,99%) e Indonésia (7,15%).
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