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A Suzano divulgou o balanço referente ao primeiro trimestre de 2024. O lucro líquido da companhia ficou em R$ 220 milhões, um recuo de 95% na comparação com igual período de 2023. Este declínio é atribuído principalmente ao desempenho inferior do resultado financeiro, impactado por variações cambiais. No entanto, o destaque dos resultados é o avanço do Projeto Cerrado, o maior investimento já realizado pela empresa. Em construção no município de Ribas do Rio Pardo (MS), a unidade está 95% concluída e prestes a entrar em operação dentro das próximas semanas. Essa será a maior linha única de produção de celulose do mundo.
Com investimento de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 19,1 bilhões já foram desembolsados até o final de abril, a nova unidade terá uma capacidade anual de produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose, um insumo utilizado na fabricação de uma variedade de produtos, desde papéis sanitários até papéis para imprimir e escrever e de embalagens.
Diante da curva de investimentos com a construção da fábrica e dos preços mais baixos da celulose em trimestres recentes, a alavancagem da Suzano em dólar encerrou o primeiro trimestre em 3,5 vezes, com uma relação entre EBITDA ajustado e dívida líquida dentro dos limites estabelecidos na política da empresa.
Walter Schalka, presidente da Suzano, enfatiza a importância do Projeto Cerrado como um marco para a empresa, abrindo um novo ciclo de valorização.
“Este é um projeto transformacional para a história da Suzano e marca um novo e importante ciclo de criação de valor para a empresa. Com a nova fábrica, a companhia comemora seu centenário ainda mais preparada para crescer e beneficiar seus stakeholders”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.
Além disso, os resultados do primeiro trimestre de 2024 indicam uma tendência de recuperação nos preços internacionais da celulose e uma estabilização nos custos de produção, em comparação com o trimestre anterior, refletindo também a sazonalidade de vendas do setor.
Apesar da queda de 26% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que totalizou R$ 4,55 bilhões entre janeiro e março, a geração de caixa operacional atingiu R$ 2,5 bilhões. A receita líquida do trimestre foi de R$ 9,5 bilhões, uma retração de 16%. A dívida líquida, por sua vez, encerrou o período em US$ 11,9 bilhões, incluindo os desembolsos relacionados à distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) e a recompra de ações.
O resultado do lucro líquido de R$ 220 milhões no primeiro trimestre apresentou um recuo de 95% na comparação com igual período de 2023. “A variação em comparação ao 1T23 é explicada sobretudo pela variação negativa no resultado financeiro (resultado da desvalorização cambial sobre a dívida e sobre as operações com derivativos vs. valorização cambial positiva observada no 1T23) e queda no resultado operacional (menor receita líquida e maior SG&A)”, explicou a empresa.
O custo caixa de produção de celulose da Suzano, sem paradas, fechou o trimestre em R$ 812 por tonelada, enquanto as vendas de celulose totalizaram 2,4 milhões de toneladas e as de papéis somaram 313 mil toneladas.
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