Fertilizantes Heringer fecha o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 144,1 milhões, aumento de 9,6%
No período de janeiro a abril deste ano, as exportações de café do Espírito Santo aumentaram 310,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso equivale a um triplo aumento tanto no número de sacas de café exportadas quanto no valor comercializado. Enquanto nos primeiros quatro meses de 2023 foram enviadas ao exterior cerca de 635 mil sacas de café, em 2024 esse número saltou para 2,6 milhões de sacas, incluindo variedades como conilon, arábica e solúvel. É importante ressaltar o protagonismo do café conilon neste cenário, com uma participação expressiva de 86,7% na quantidade total de sacas exportadas. Esses dados foram divulgados pelo Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV).
No primeiro quadrimestre, as exportações de café atingiram a marca de 2,6 milhões de sacas, resultando em um valor de US$ 464.793.170,99, o que equivale a cerca de R$ 2,3 bilhões na cotação atual. Esse aumento representa uma alta de 317,5%.
Durante esse período, foram transportados um total de 8.171 contêineres de café, distribuídos em 171,4 mil sacas de arábica, 2,2 milhões de sacas de conilon e 188,1 mil sacas de solúvel.
As exportações de café conilon registraram um aumento de 620,83% na quantidade de sacas enviadas. Em comparação com o primeiro quadrimestre de 2033, quando o estado enviou apenas 312,7 mil sacas de café conilon, o crescimento chama a atenção. Além disso, o valor comercializado teve um aumento de 793,02%, atingindo US$ 391.902.327,21.
Jorge Nicchio, presidente do Sindicato do Comércio de Café do Espírito Santo (Sindicafé), atribui o aumento nas exportações de café conilon a diversos fatores-chave, além da capacidade da produção capixaba de suprir problemas de safra em países como Vietnã e Indonésia, grandes produtores mundiais. Ele destaca dois fatores principais que contribuíram para esse cenário.
“Os desafios logísticos enfrentados no Canal de Suez, no Mar Vermelho, dificultaram o escoamento da safra para a Europa. Não podemos ignorar que, dentro desse aumento da demanda por nosso café, a notável melhoria na qualidade do nosso café conilon nos últimos anos é evidente. Os importadores reconhecem essa capacidade de transformação de um café que, há alguns anos, era considerado de qualidade inferior. Portanto, devemos parabenizar os produtores que cumpriram seu papel, produzindo um café de alta qualidade. Isso, sem dúvida, atrai a atenção dos importadores para a compra”, ressaltou Nicchio.
No acumulado do ano, os principais destinos para os envios de café de origem capixaba foram a Bélgica, que recebeu 496,9 mil sacas (19%), seguida dos Estados Unidos (12,7%), Reino Unido (10,74%), México (10,60%) e Itália (7,87%).
Em 2023, as exportações de café conilon do Espírito Santo alcançaram a marca de 4 milhões de sacas. Jorge Nicchio acredita que as exportações de café conilon podem chegar a quase 7 milhões de sacas até o final de 2024, caso os números continuem otimistas.
“Esse dado se refere ao café conilon em grão cru, usado como matéria-prima para café solúvel na exportação. Somando sete milhões de sacas de café verde e três milhões de sacas de café solúvel, teremos cerca de dez milhões de sacas de café conilon disponíveis no mercado externo este ano. Essa projeção parece alcançável, dada a exportação no primeiro quadrimestre, que inclui cafés produzidos em 2023. Agora, em maio, iniciamos a colheita da nova safra, e esperamos manter uma média de 600 mil sacas por mês, alcançando sete milhões até o final do ano”.
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