A aplicação de crédito rural no Espírito Santo cresceu 29% nos primeiros onze meses do ano-safra, após o lançamento do Plano de Crédito Rural em julho de 2023. Esse plano foi realizado pelo Governo do Espírito Santo, em parceria com a União e várias instituições financeiras e representativas dos produtores rurais e pescadores. O comparativo do valor aplicado é referente aos meses de julho de 2023 a maio de 2024, em comparação com o mesmo período do ano-safra anterior. Para comparação, o crédito rural aplicado no Brasil cresceu 12,6%. O ano-safra começa em julho de um ano e vai até junho do ano seguinte.
Em 11 meses, foram aplicados R$ 6,4 bilhões de crédito rural no Espírito Santo, um valor recorde, em comparação com os R$ 4,9 bilhões aplicados de julho de 2022 a maio de 2023, representando um acréscimo de R$ 1,5 bilhão. O número de operações realizadas para diversas atividades agrícolas capixabas também aumentou de 29,4 mil para 36,3 mil, um crescimento de 23,5%, conforme dados da Seag, com base em informações do Banco Central.
“Estamos acompanhando uma intensificação das aplicações de crédito rural neste ano-safra 2023/2024, que começou em julho do ano passado. Esse crescimento registrado no acumulado de onze meses é fruto de um esforço coletivo de diversas instituições que atuam de forma articulada e organizada com os objetivos de estimular o desenvolvimento agropecuário e fortalecer a economia rural capixaba”, destacou o secretário da Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli.
O Plano de Crédito Rural para o Espírito Santo na safra 2023/2024 é resultado de uma parceria entre os Governos Federal e Estadual, contando com as principais instituições financeiras que aplicam crédito rural no Estado, como Banco do Brasil, Banestes, Caixa Econômica Federal, Sicoob, Banco do Nordeste e Sicredi.
O valor acumulado em onze meses é um feito histórico para o Espírito Santo. O crédito rural é um dos principais instrumentos para incentivar os agricultores a modernizar e expandir suas atividades, além de aumentar a produtividade, a produção e a qualidade dos alimentos e matérias-primas. Os bancos públicos foram responsáveis por aplicar 55% do valor de crédito rural, o equivalente a R$ 3,5 bilhões, seguidos pelas cooperativas de crédito com 28% (R$ 1,8 bilhão) e pelos bancos privados com 17% (R$ 1,1 bilhão).
Especificamente para a agricultura familiar, as aplicações no período analisado somaram cerca de R$ 1,9 bilhão, um aumento de 43,1% em relação ao mesmo período do ano-safra anterior, que foi de R$ 1,3 bilhão. Em termos de contratos, foram efetuadas 25,9 mil operações para a agricultura familiar, um aumento de 27,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O crédito rural é destinado para finalidades específicas: investimento, custeio, comercialização e industrialização.
Na proporção do valor aplicado, o custeio representa 41,8%; o investimento, 31,5%; a comercialização, 25,5%; e a industrialização, 1,1%. As análises comparativas referem-se ao período de julho de 2023 a maio de 2024, em relação ao mesmo período de 2022/2023.
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