Jun 2024
9
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Plataforma digital de cafés das Indicações Geográficas será lançada em outubro

Essas 14 regiões fazem parte do projeto “Origem Controlada Café”, que pretende desenvolver uma plataforma de rastreabilidade para cafés com IG. Prevista para lançamento até o final do ano, a plataforma será a via oficial de rastreamento e gestão dos cafés de origem controlada produzidos nas regiões brasileiras com Indicação Geográfica.

O Instituto foi fundado para liderar esses trabalhos, além de proteger as regiões com IG e fortalecer as governanças locais. Ele também chega para gerar conhecimento e se conectar com todos os elos da cadeia do café, focando no desenvolvimento mercadológico. Uma diretoria foi formada para acompanhar os trabalhos junto ao Conselho Administrativo, que contará com um membro de cada região.

Jean Vilhena Faleiros, da região da Alta Mogiana, foi eleito presidente para um mandato de três anos. Segundo Faleiros, o instituto nasceu da união das IGs para desenvolver uma plataforma digital para os cafés de origem do Brasil.

“Com esse grupo cheio de ideias, conseguimos privilégios como participar de feiras internacionais. No ano passado, estivemos em feiras na Europa e nos Estados Unidos. Reivindicamos que as IGs, representando produtores, não poderiam ficar de fora desses eventos. O Instituto das 14 IGs, com CNPJ próprio, trabalhará para fortalecer a cafeicultura de origem, promovendo os cafés como produtos de especialidade. Vamos agir com cautela e seriedade para fazer a diferença. Pela primeira vez, todas as regiões estão unidas para melhorar o marketing da cafeicultura”, disse Faleiros.

Juan Travain, da Região das Matas de Rondônia, foi eleito vice-presidente; Ana Cecília Veloso, da Região do Cerrado Mineiro, como diretora administrativa; e Carmen Lúcia Resende, da Região de Campo das Vertentes, como diretora financeira. Para o Conselho Fiscal foram eleitos Luiz Bacili, da Região da Canastra; Fernando Barbosa, do Sudoeste de Minas; e Cecília Nakao, do Caparaó.

Guilhermino Netto, presidente da IG de Café das Montanhas do Espírito Santo, irá representar a IG no Conselho Administrativo.

“O Instituto vai demonstrar de forma expressiva a qualidade, a variedade de aromas dos cafés brasileiros e a sustentabilidade da produção. As pessoas costumam associar o café brasileiro à devastação do meio ambiente, o que não é o caso nas áreas de origem controlada. Queremos mostrar a riqueza de sabores da nossa cafeicultura e a história das famílias que produzem”, explicou Netto.

Atualmente, as regiões produtoras com origem controlada estão em cinco estados, envolvendo 411 municípios e quase 100 mil produtores, que em sua maioria são pequenos negócios. Em busca de novos mercados, está sendo desenvolvida uma plataforma que reunirá informações sobre os cafés com IGs registradas e seus produtores. A plataforma está prevista para ser lançada em outubro deste ano.

A intenção é manter dados atualizados sobre a produção de cafés especiais nas regiões, fazer a rastreabilidade dos produtos e manter um canal de comunicação com compradores, consumidores e entidades de fomento e promoção do café de origem controlada.

Marina Zimmermann, assessora técnica do Instituto CNA, ressalta que o objetivo do Instituto é promover ferramentas de gestão e controle para pequenos agricultores com Indicação Geográfica (IG) e trazer inovação tecnológica.

“A plataforma que estamos desenvolvendo visa aumentar a eficiência no acesso ao mercado, oferecendo controle, transparência e rastreabilidade. Após um ano e meio de projeto, estamos no penúltimo módulo de construção e a plataforma será lançada em outubro. Proporcionamos encontros entre entidades produtoras, como Conilon, Caparaó e Montanhas Capixabas, promovendo a troca de experiências e o intercâmbio entre elas”.

O café está presente em solo brasileiro desde o século 18 e bate recordes de produção e exportação ano após ano. Em 2023, o Brasil produziu mais de 55 milhões de sacas de café. Muito mais do que volume, o país produz cafés com qualidade diferenciada, resultado da influência direta da diversidade ambiental e cultural e do saber fazer dos produtores brasileiros.

A IG identifica um produto ou serviço que determina a qualidade, a reputação ou a característica atribuída a sua origem geográfica. No Brasil, o registro de Indicação Geográfica (IG) é concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Além disso, elas possuem duas funções principais: agregar valor ao produto e proteger a região produtora.

Regiões que compõem o Instituto:

• Conilon do Espírito Santo
• Montanhas do Espírito Santo
• Caparaó
• Região da Canastra
• Região das Matas de Minas
• Campo das Vertentes
• Mantiqueira de Minas
• Região do Cerrado Mineiro
• Sudoeste de Minas
• Região de Pinhal
• Região de Garça
• Alta Mogiana
• Norte Pioneiro do Paraná
• Matas de Rondônia

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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