Jun 2024
24
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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Cotações caem, sobretudo do havaí

Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), nas primeiras semanas de maio, a oferta de mamão Havaí e Formosa aumentou no Espírito Santo e Bahia, resultando em uma forte queda nos preços, principalmente do Havaí.

As dificuldades para escoar a fruta ao Rio Grande do Sul, devido às enchentes, também contribuíram para a queda das cotações. No final de maio, a disponibilidade do Havaí começou a diminuir gradualmente, com a redução no ritmo de colheita dessa variedade.

As cotações do mamão caíram na maioria das Ceasas, com quedas significativas em São Paulo (-24,76%), Minas Gerais/Rio de Janeiro (-15,66%), Vitória (-43,08%) e Rio Branco (-25,06%). A única alta destacada ocorreu em Recife (15,55%). A média ponderada entre as Ceasas analisadas apontou uma queda de 15,81% nas cotações.

Após uma queda na oferta em abril nas zonas produtoras do Sudeste, maio trouxe um aumento na oferta de mamão, principalmente da variedade papaya, resultando em quedas acentuadas nos preços, especialmente nos primeiros vinte dias do mês. Nos últimos dez dias de maio, o aumento da oferta desacelerou, mas permaneceu consistente para ambas as variedades de mamão, devido às regiões produtoras no norte do Espírito Santo e sul da Bahia.

A Conab destacou que as frutas dessas regiões têm apresentado boa qualidade tanto para o mercado nacional quanto internacional, com uso moderado de defensivos agrícolas.

“Registre-se que boa parte da produção é originária da agricultura familiar. Em junho, o mercado deverá se apresentar mais controlado do ponto de vista da oferta, com a redução gradual do papaya e um volume consistente de formosa tanto das principais regiões produtoras quanto de praças pernambucanas, cearenses, do norte baiano e mineiro, o que deve fazer com que os preços não disparem ao redor do Brasil”, destacou a companhia.

No que tange às principais regiões produtoras brasileiras, as áreas da Bahia, lideradas por Porto Seguro, foram as principais fornecedoras para as Ceasas (10,61 mil toneladas, aumento de 21,5% em relação a abril de 2024), seguidas pelo Espírito Santo com 9,1 mil toneladas (aumento de 45,6% comparado a abril), e pela região exportadora de Mossoró, com 2,61 mil toneladas (queda de 17,4% em relação a março), além de outras áreas menores.

Perspectivas

Oferta Ao contrário do mamão havaí, que está com gradual redução da oferta, o volume de formosa pode seguir consistente em junho

Preço Formosa deve se desvalorizar em junho, refletindo a combinação de oferta moderada com menor demanda.

Demanda A queda nas temperaturas prevista para esse período do ano costuma reduzir o consumo de frutas. Assim, a demanda por mamão também deve diminuir em junho.

Espírito Santo segue como principal exportador de mamão brasileiro

As exportações de mamão nos primeiros cinco meses de 2024 atingiram um volume de 17,6 mil toneladas, superando em 12,1% o acumulado entre janeiro e maio de 2023. O faturamento foi de US$ 23,45 milhões, um aumento de 3,06% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em maio de 2024, o volume exportado subiu 11,69% comparado a maio de 2023 e 7,94% em relação a abril de 2024.

Os principais estados exportadores foram Espírito Santo (41%), Rio Grande do Norte (38%) e Paraíba (9%). Os principais compradores do mamão brasileiro foram Portugal (30%), Espanha (17%) e Reino Unido (16%).

As perspectivas para o restante do ano são promissoras, especialmente para o mamão papaya cultivado no Espírito Santo (principal estado produtor e exportador de mamão do Brasil), Rio Grande do Norte e Ceará, regiões conhecidas pela alta qualidade e foco nas exportações. Esse otimismo se baseia na boa produção resultante dos investimentos realizados no ano anterior e na demanda externa aquecida, particularmente na Europa, onde a fruta brasileira é bastante procurada.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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