Ciência Animal: UVV lança primeiro doutorado em Medicina Veterinária do Espírito Santo
As exportações de mamão no Brasil registraram um aumento de 12,1% no primeiro semestre de 2024, mantendo o Espírito Santo como o principal estado exportador do país. Durante esse período, foram enviadas ao exterior 21 mil toneladas da fruta. O faturamento aumentou 3,4% em comparação com os primeiros seis meses do ano anterior, alcançando US$ 28,2 milhões. Em termos de volume, houve um aumento de 11,8% em relação a junho de 2023, mas uma queda de 7,9% em comparação com maio de 2024. No Espírito Santo, as exportações cresceram 37,4% no primeiro semestre, chegando a 8,7 mil toneladas e gerando uma movimentação financeira de US$ 13,2 milhões, o equivalente a R$ 73,5 milhões na cotação atual.
No Brasil, o aumento das vendas foi impulsionado pela maior oferta nacional. Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as perspectivas para o restante do ano são positivas, especialmente para o mamão cultivado no Espírito Santo (principal estado produtor e exportador de mamão do Brasil), Rio Grande do Norte e Ceará.
A previsão é de frutas de alta qualidade voltadas para exportação, num contexto de boa produção resultante dos investimentos feitos no ano passado e da demanda externa aquecida, principalmente na Europa, onde a fruta brasileira é bastante requisitada. O Brasil é o segundo maior exportador de mamão do mundo, atrás do México.
Os principais estados exportadores foram Espírito Santo (42%), Rio Grande do Norte (36%) e Paraíba (8%), e os principais compradores foram Portugal (30%), Espanha (16%) e Reino Unido (17%). Nos primeiros seis meses de 2024, o Espírito Santo exportou 8,7 mil toneladas e gerou uma movimentação financeira de US$ 13,2 milhões. No ano anterior, foram exportadas 6,4 mil toneladas, com um faturamento de US$ 9,7 milhões.
No mercado interno, os preços do mamão caíram na maioria das Ceasas, com quedas significativas em São Paulo (38,26%), Belo Horizonte (34,58%), Vitória (41,84%) e São José (22,29%). A exceção foi Rio Branco, onde houve um aumento de 23,19%. Em média, as cotações nas Ceasas analisadas caíram 26,34%.
Em termos de quantidade comercializada, houve aumento na maioria dos entrepostos atacadistas pelo segundo mês consecutivo, com destaque para Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Acre, enquanto houve queda em Santa Catarina.
Após uma queda de preços em maio, especialmente da variedade papaya, essa dinâmica se repetiu em junho. No início do mês, a oferta estava controlada, mas depois do primeiro decêndio houve um aumento da oferta de ambas as variedades de mamão, principalmente das principais regiões produtoras (norte do Espírito Santo e sul da Bahia), com um aumento maior da variedade formosa, que pressionou as cotações da variedade papaya.
“No fim do mês, devido à alta produção, houve descarte de frutas com qualidade inferior, mas ainda comercializáveis. Outro fator que contribuiu para a queda de preços foi a demanda fraca, decorrente de temperaturas mais frias nos principais centros consumidores (temperaturas menores retardaram o amadurecimento das frutas e também inibiram um maior consumo) e do início das férias escolares”, destacou a Conab em nota.
José Roberto Macedo Fontes, presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), reforça que o momento é de muita produção e pouca demanda no mercado. “No mercado de mamão, interno e exportação, é uma época que reduz a comercialização durante o inverno. No ano passado, altas temperaturas e falta de fruto elevaram os preços, mas agora, com o aumento da área de produção e a baixa demanda, os preços caíram drasticamente”, destacou Fontes.
A estimativa da Conab é que a produção continue elevada em julho, com novas áreas de colheita, e a demanda deve permanecer contida devido às temperaturas mais baixas e às férias escolares.
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